O Hospital Universitário Cajuru, a Santa Casa de Curitiba e os Hospitais Pequeno Príncipe e Erasto Gaertner afirmam não ter recebido os recursos federais referentes ao contrato de prestação de serviços via Sistema Único de Saúde (SUS) no mês de outubro. Os administradores declaram que o repasse, no valor de R$ 43 milhões, deveria ter sido feito pela prefeitura de Curitiba no dia 16 de outubro para todos os nove integrantes da rede hospitalar e especializada da capital.
Uma vez que o Fundo Nacional de Saúde (FNS) transferiu o montante para as contas municipais no dia 9 de outubro e, conforme portaria do Ministério da Saúde, a prefeitura dispõe de um prazo de cinco dias úteis, após a transferência federal, para encaminhar os recursos aos hospitais. O pagamento já está 18 dias atrasado.
De acordo com o diretor do Hospital Pequeno Príncipe, José Álvaro Carneiro, a instituição é parceira do SUS há muitos anos e, até 2013, nunca havia tido problemas com o contrato. Mas, nos últimos dois anos, a recorrência dos atrasos no recebimento dos recursos obrigou o HPP a fazer empréstimos para manter a estrutura funcionando. Outros hospitais também buscaram financiamentos bancários.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal da Saúde informou que não reconhece os valores apresentados pelos hospitais, pois incluiriam repasses que serão feitos apenas após auditoria, uma vez que cada pagamento é composto de uma parcela fixa e outra variável. Os pagamentos de outubro serão, de acordo a prefeitura, processados a partir desta semana.