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Ainda há 50 pacientes em uma ala que não foi atingida do Hospital Nossa Senhora do Rocio | Henry Milléo / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Ainda há 50 pacientes em uma ala que não foi atingida do Hospital Nossa Senhora do Rocio| Foto: Henry Milléo / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Homem salva a família em Curitiba e morre afogado ao tentar resgatar cães

Um homem morreu afogado após salvar a família de um alagamento no bairro Alto Boqueirão, em Curitiba, no início da noite desta sexta-feira (17). Uma cunhada da vítima conta que ele conseguiu tirar a esposa, o sobrinho e os filhos da casa que estava sendo alagada. Ao tentar salvar cães de estimação, ele teria sido levado pela água e morreu.

Leia a matéria completa.

  • Chuva forte atingiu Campo Largo por volta das 17h30 desta sexta-feira
  • Granizo furou partes do telhado e atingiu diversos leitos de UTI neonatal
  • Carros de parentes de pacientes e de vizinhos do hospital foram usados para fazer o transporte dos doentes após a chuva
  • Um dos buracos no teto feitos por pedras de granizo que caíram no hospital e causaram transtornos nesta sexta-feira
  • Neste sábado, moradores de Campo Largo tiveram que se empenhar no conserto de telhados pela cidade
  • Neste sábado pela manhã (18), tempo continuava fechado em Curitiba

O Hospital Nossa Senhora do Rocio em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, ficará uma semana sem receber novos pacientes após o teto do prédio desabar por causa da forte chuva que caiu nesta sexta-feira (17). O temporal ainda deixa pessoas sem energia elétrica na Grande Curitiba. Além disso, a chuva causou uma morte na capital paranaense, de um homem que salvou a família antes de se afogar no Alto Boqueirão.

Veja fotos da chuva na região de Curitiba

O problema no hospital ocorreu no prédio antigo do hospital, que fica no centro da cidade da RMC. Ao todo, 400 pessoas tiveram que ser transferidas às pressas para a unidade nova do hospital, que já estava pronta, mas que ainda passava por uma transição gradual das atividades da antiga sede para a nova.

A parte mais afetada do hospital foi a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, onde ficam recém-nascidos. O granizo e a chuva fizeram buracos no telhado e incubadoras foram afetadas. No prédio, de três andares, é possível ver janelas quebradas e muita água, principalmente no segundo e no terceiro andares. Funcionários faziam a limpeza em meio aos leitos e equipamentos – alguns danificados – nesta manhã.

Ainda há 50 pacientes na sede velha do hospital, em uma ala que não foi afetada. Eles devem ser transferidos gradualmente para a nova sede. No total, na hora em que o telhado rompeu, o hospital estava com 450 pacientes, sendo 100 deles de UTI normal e 50 da UTI neonatal.

Fernanda Robacker, proprietária de um café que funciona em frente ao hospital, disse que o estabelecimento dela também foi afetado pela chuva. "As pessoas que estavam em volta do hospital paravam e colocavam gente no carro para levar para o outro hospital." Fernanda conta que ela mesma fez três viagens do hospital velho para o novo. Na primeira, ela levou um bebê com a família da criança; na segunda, um idoso internado e os acompanhantes dele; e na última ela levou um grupo de enfermeiros.

Queda de teto ocorreu por volta das 17 horas

O telhado do prédio antigo, no Centro da cidade, onde estavam todos os pacientes desabou por causa da chuva forte no fim da tarde desta sexta-feira (17), por volta das 17 horas. Em seguida, ambulâncias do próprio hospital, da prefeitura de Campo Largo, além de carros particulares, foram acionados para realizar a transferência de todos os pacientes. De acordo com a administração do hospital, ninguém se feriu por causa do desabamento, mas vários equipamentos e materiais hospitalares foram danificados. Todos os pacientes transferidos passam bem, ainda segundo o hospital.

Casas próximas a hospital de Campo Largo ficaram destruídas

A distância entre o hospital velho, que teve o teto quebrado, e o novo, para onde foram levados os pacientes, é de dois quilômetros. Uma das ruas que faz a ligação entre os dois prédios é a Rua Comendador Mariano Torres. Em um trecho de 500 metros, nessa via, praticamente todas as casas estão com telhados destruídos. Moradores, nesta manhã, improvisavam a cobertura com longas e corriam atrás de telhas para consertar os estragos. Centenas de casas, em Campo Largo, foram destalhadas.

A Defesa Civil de Campo Largo registrou mais de 1,2 mil atendimentos até a meia-noite de sexta. Neste sábado, os agentes também tiveram muito trabalho e atuavam no auxílio de moradores. Os bairros mais afetados foram do Itaqui, Ferraria, Bom Jesus, Vila Bancária, entre outros. Diversos prédios públicos também foram afetados. As sedes da Secretaria de Segurança Pública, da Provopar e da Associação de Deficientes da cidade ficaram destelhadas e tiveram danos materiais. Uma frota nova de carros da Prefeitura também foi danificada. A Defesa Civil ainda apura outros danos em prédios e instituições públicas.

Teto de hospital desaba em Campo Largo

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