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Restauração

“Hospital de bonecas” já recuperou 75 mil brinquedos

Bonecas à espera de restauração na oficina de brinquedos. | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Bonecas à espera de restauração na oficina de brinquedos. (Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo)

As dezenas e dezenas de bonecas aguardam perfiladas em prateleiras de uma das salas da Cirandinha Oficina de Brinquedos, em Curitiba. A maioria tem décadas de vida – ou melhor, de fabricação. Por causa da “idade” avançada, carecem de cuidados com a “saúde” ou de uma boa recauchutada. O socorro vem das mãos de artesãos, especialistas em recuperar as peças, algumas delas históricas. Em 32 anos, o “hospital de bonecas” já deu vida nova a mais de 75 mil brinquedos.

Em média, são 190 restaurações por mês, entre bonecas, bonecos de ação, carrinhos e ferromodelos. Passam pelas mãos dos restauradores preciosidades, como as clássicas bonecas de massa da década de 1940 e bonecas de porcelana importadas. Mas brinquedos menos antigos também precisam de reparos. A maior parte dos clientes busca a restauração de brinquedos dos anos 1980.

“Os clientes são na maioria pessoas entre 30 e 40 anos, que mantêm uma relação afetiva com o brinquedo, um vínculo emocional. Por isso, costumo dizer que restauramos sonhos”, diz Vanessa de Oliveira, proprietária da Cirandinha. “Quem foi criança na década de 80 brincou muito. Então, essas pessoas não abrem mão dessas lembranças.”

Hospital de bonecas recupera preciosidades do passado

Em três décadas, oficina de Curitiba já restaurou mais de 75 mil bonecas. O destaque são as bonecas antigas, que ganham vida nova pelas mãos das artesãs dedicadas ao ofício. Veja como funciona este mundo de nostalgia.

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Além das clássicas bonecas da época, como Bem-Me-Quer e Fofoletes, também figuram personagens como o Fofão, os bonecos dos Comandos em Ação e PlayMobil, além de coleções do Rambo e do He-Man. Até eletrônicos como Atari e Pense Bem retornam à vida.

Em família

A história da clínica de brinquedos começou quando o enfermeiro Vitório Campestrini se aposentou, em 1982: parou de cuidar de pessoas para se dedicar a bonecas e carrinhos. Desde o início, a família Budney integrou a equipe da Cirandinha. Anos mais tarde, os Budney compraram a oficina e a mantém até hoje.

Segundo Vanessa de Oliveira, que tinha o sobrenome Budney quando solteira, quase toda a família já trabalhou de alguma forma na clínica. Hoje, são quatro da família na Cirandinha, entre eles a avó Ana Kochn Budney, que refaz o corpo de pano das bonecas. Outros dois funcionários completam a equipe.

Uma das terceirizadas é a artesã Hilda Zancanaro, que tem o dom de recompor bonecas que chegam em estado lastimável. Improvisa materiais para dar o acabamento desejado. “As bonecas chegam em péssimo estado. Algumas, vem carunchadas até. Temos que refazer tudo. Mas quando a gente vê o trabalho final, é muito recompensador”.

Bonecas clássicas da década de 1930 | Henry Milleo/Gazeta do Povo

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Bonecas clássicas da década de 1930

A artesã Ana Kochn Budney é a responsável por refazer corpos de pano das bonecas | Henry Milleo/Gazeta do Povo

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A artesã Ana Kochn Budney é a responsável por refazer corpos de pano das bonecas

Bonecas Barbie também precisam de manutenção | Henry Milleo/Gazeta do Povo

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Bonecas Barbie também precisam de manutenção

Reparos são feitos artesanalmente pela equipe da Cirandinha | Henry Milleo/Gazeta do Povo

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Reparos são feitos artesanalmente pela equipe da Cirandinha

Loja também conta com oficina de carrinhos | Henry Milleo/Gazeta do Povo

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Loja também conta com oficina de carrinhos

Brinquedos chegam ao “hospital” em condições diversas | Henry Milleo/Gazeta do Povo

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Brinquedos chegam ao “hospital” em condições diversas

Já restaurada, boneca fica como nova | Henry Milleo/Gazeta do Povo

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Já restaurada, boneca fica como nova

Modelo imita um bebê chorando | Henry Milleo/Gazeta do Povo

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Modelo imita um bebê chorando

Peças ficam separadas em caixas | Henry Milleo/Gazeta do Povo

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Peças ficam separadas em caixas

Bonecos mais novos também estão no “hospital” | Henry Milleo/Gazeta do Povo

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Bonecos mais novos também estão no “hospital”

Modelos que mexem com o imaginário afetivo dos adultos são recuperados | Henry Milleo/Gazeta do Povo

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Modelos que mexem com o imaginário afetivo dos adultos são recuperados

Modelo da década de 1940 “aguarda” olhos novos | Henry Milleo/Gazeta do Povo

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Modelo da década de 1940 “aguarda” olhos novos

Carrinhos antigos também são restaurados na oficina de brinquedos | Henry Milleo/Gazeta do Povo

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Carrinhos antigos também são restaurados na oficina de brinquedos

Etiquetas indicam número das ordens de serviço e de que tipo de restauração bonecas precisam | Henry Milleo/Gazeta do Povo

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Etiquetas indicam número das ordens de serviço e de que tipo de restauração bonecas precisam

Modelo imita o jipe Willys, usado na Segunda Guerra | Henry Milleo/Gazeta do Povo

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Modelo imita o jipe Willys, usado na Segunda Guerra

Boneca tem os cabelos lavados, após conserto | Henry Milleo/Gazeta do Povo

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Boneca tem os cabelos lavados, após conserto

Boneca foi ao hospital em busca de um novo corpo | Henry Milleo/Gazeta do Povo

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Boneca foi ao hospital em busca de um novo corpo

Olhos para reposição são comprados direto de uma fábrica de brinquedos | Henry Milleo/Gazeta do Povo

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Olhos para reposição são comprados direto de uma fábrica de brinquedos

Há 32 anos, oficina recupera brinquedos em Curitiba | Henry Milleo/Gazeta do Povo

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Há 32 anos, oficina recupera brinquedos em Curitiba

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