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Com a volta da paralisação dos servidores do Hospital de Clínicas (HC) de Curitiba, prometida para hoje, a direção da instituição de saúde e a reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR) confirmaram que não irão descontar os dias parados da folha de pagamento dos grevistas. Mas, por outro lado, ressaltaram que irão levar em conta a determinação da Justiça que pede a implantação de uma sindicância para identificar os funcionários parados.

A identificação, de acordo com a nota, servirá "para fins de futura apuração de responsabilidade cível e criminal dos envolvidos". Os órgãos informaram ainda que a UFPR foi notificada ontem da decisão da desembargadora Marga Inge Barth Tessler, do TRF 4, que determina multa diária de R$ 1 mil ao Sinditest-PR caso a paralisação volte. O posicionamento de não descontar os dias parados dos grevistas também obedece ordem da Justiça, que anulou a decisão de ilegalidade da greve.

Márcio Palmares, diretor do Sinditest, considera a atitude do HC e da UFPR como uma "ameaça contra os trabalhadores". Segundo ele, apesar de a Justiça ter considerado que a greve prejudicava a população que precisa de atendimento, o principal problema, no momento, é a precarização enfrentada pelo hospital.

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