Violência sexual contra crianças e adolescentes no Brasil

A violência sexual contra crianças e adolescentes, principalmente entre crianças até 9 anos de idade, é o segundo principal tipo de violência contra estes grupos de pessoas no Brasil. Os casos perdem apenas para as notificações de negligência e abandono, segundo informações do Ministério da Saúde.

A pesquisa mais recente feita pelo órgão mostra que, em 2011, foram registrados 14.625 notificações de violência doméstica, sexual, física e outras agressões contra crianças menores de dez anos em todo o país.

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A quantidade de casos de violência sexual contra crianças e adolescentes em Curitiba e região metropolitana é preocupante. Somente no ano passado, o Hospital Pequeno Príncipe (HPP), que é referência no atendimento ao público infanto-juvenil, registrou 315 casos suspeitos de violência contra crianças e adolescentes, sendo que 72% deles (o que chega a 227 ocorrências) eram referentes a agressões sexuais. As informações foram repassadas pela instituição de saúde nesta quarta-feira (15), três dias antes do dia nacional que combate este tipo de abuso.

Segundo o hospital, do total dos atendimentos relacionados a agressões sexuais, 168 deles são de meninas e 59 de meninos, sendo que a maioria dos casos – 55,95% das ocorrências – está concentrada em crianças de até cinco anos. A faixa etária entre dois e três anos teve registro de 70 atendimentos.

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Pais foram os principais suspeitos

Os dados levantados pelo HPP revelam que dos 277 atendimentos feitos em 2012 a crianças violentadas sexualmente, aproximadamente 60% deles ocorreram na própria casa da vítima. Os abusos extrafamiliares representaram 30%, ou seja, 69 casos.

Entre os possíveis agressores, o pai da criança ou do adolescente aparece em primeiro lugar. Nas estatísticas do Hospital, 33 casos têm pais como principais suspeitos; seguido de amigos ou conhecidos, com 11,89% (27 ocorrências); e por primos e tios, empatados com 9,25% (21 casos).