Em reunião do conselho deliberativo do Hospital e Maternidade São José dos Pinhais, ontem à noite, ficou decidido que outra junta nomeada pela Associação Comercial, Industrial, Agrícola e de Prestação de Serviços da cidade (Aciap) assumirá a administração do hospital, na região metropolitana de Curitiba. Entretanto, essa nova junta se mantém no cargo por apenas 15 dias a partir de hoje.
Se neste período não houver nenhuma resposta do aporte de R$ 300 mil mensais necessários para administrar a entidade seja por parte da prefeitura, do governo do estado, ou de ambos , o conselho vai anunciar, no fim do mês, o fechamento do maior hospital da cidade, com 50 anos de atividade, 80 leitos e que presta uma média de 150 atendimentos clínicos diários.
Hoje, todos os 220 funcionários receberão aviso prévio com duração de 15 dias. O mesmo ocorrerá com os 80 médicos, que trabalham em regime de prestação de serviço.
Como provedor, assume o vice-presidente da Aciap, Christian Bundt, e o cargo de vice-provedor será ocupado nesta quinzena pelo presidente da Aciap, Ernesto Wiens. No último sábado, a junta de seis empresários também nomeada pela Aciap e responsável pelo hospital desde fevereiro do ano passado, quando o hospital se encontrava em estado de pré-falência, desligou-se da administração. O argumento foi de falta de apoio do poder público na manutenção do hospital.
Desde que a junta anterior assumiu o controle, o Hospital e Maternidade São José dos Pinhais opera com déficit de R$ 100 mil mensais. Só os seis leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) dão prejuízo mensal entre R$ 10 mil e R$ 15 mil. Além do repasse do Sistema Único de Saúde (SUS), a única receita do hospital é a verba de um convênio com a prefeitura de São José dos Pinhais, no valor de R$ 166 mil por mês. Entretanto, o valor não tem sido suficiente. Além do déficit mensal, o hospital acumula dívida de dois empréstimos com o Banco do Brasil. Um no valor de R$ 2 milhões e outro de R$ 2,5 milhões. O hospital ainda soma dívidas trabalhistas.
Uma das dificuldades em obter recursos da Secretaria de Estado da Saúde é a exigência da reabertura do pronto-socorro. Entretanto, conforme afirmou o ex-provedor Ivan Rodrigues há cerca de dez dias, a entidade filantrópica não tem condições de reabrir o pronto-socorro, cuja manutenção exige um valor maior do que os R$ 300 mil solicitados.
Hoje de manhã a nova junta de provedores dará entrevista coletiva para explicar como pretende administrar a instituição nesses 15 dias. Os administradores também explicarão como será a negociação com a prefeitura e o governo do estado para tentar obter o aporte necessário.
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