| Foto: Giuliano Gomes/Gazeta do Povo/Arquivo

O Hospital Angelina Caron, na Região Metropolitana de Curitiba, realizou 27% de todas as cirurgias bariátricas feitas por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. O hospital, que fica em Campina Grande do Sul, realizou 2.253 cirurgias bariátricas pelo SUS entre janeiro e dezembro do ano passado - número que representa mais da metade dos procedimentos realizados no Paraná e é maior do que o número de cirurgias realizadas em todo o estado de São Paulo, por exemplo. Entre janeiro e novembro, o Angelina Caron fez 2,1 mil procedimentos, enquanto o estado vizinho realizou 1.738, segundo dados do Datasus.

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A fila para esse tipo de cirurgia pelo SUS pode chegar a cinco anos. No Angelina Caron, de acordo com o cirurgião Pedro Henrique Lambach Caron, o paciente pode esperar cerca de seis meses para a realização do procedimento. Mas, para fazer a cirurgia pelo Sistema Único de Saúde, o paciente precisa morar no Paraná. Diante da espera menor, muitas pessoas acabam até mesmo se mudando para o estado, segundo Lambach Caron.

Quem pode fazer a cirurgia

Pessoas que tem um Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 40 kg/m² podem realizar a cirurgia bariátrica, tendo ou não outras doenças agravadas pela obesidade. Já os pacientes que têm IMC entre 35 e 39,9 kg/m² devem comprovar doenças que são agravadas pela obesidade, como diabetes tipo 2, hipertensão, doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, entre outras. A lista de doenças faz parte de uma resolução do Conselho Federal de Medicina. Para calcular o IMC é preciso dividir o peso por duas vezes a altura.

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O hospital também recebe pacientes de vários estado do país e até do exterior para realização de cirurgias bariátricas pagas por convênios ou de forma particular.

De acordo com o cirurgião do Angelina Caron, o número de cirurgiões que atuam no Hospital - oito no total - além da estrutura para exames pré-operatórios permitem que mais procedimentos sejam feitos no local. “O hospital foi um dos primeiros a realizar a cirurgia pelo SUS e foi se aperfeiçoando na realização de procedimentos bariátricos. Hoje, se opera desde o começo da manhã até a noite”, explica Lambach Caron.

Técnicas

Duas técnicas são utilizadas nas cirurgias: a do bypass gástrico e a chamada sleeve gástrico. A do bypass gástrico reduz o tamanho e volume do estômago, enquanto a do sleeve gástrico grampeia o estômago do paciente em torna de tubo. De acordo com Pedro Henrique Lambach Caron, a mais utilizada no Angelina Caron acaba sendo a do bypass, que acaba sendo mais eficaz. “É uma técnica conhecida a mais tempo, tem menor risco de complicação e uma perda de peso maior”, diz.