O Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HU), em Cascavel, suspendeu nesta terça-feira as cirurgias eletivas por tempo indeterminado e deverá restringir o atendimento no Pronto Socorro na próxima segunda-feira. Esta é a segunda vez neste ano que ocorre a suspensão. O motivo é a falta de recursos financeiros para a administração do hospital e para o custeio de operações e atendimentos.

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Segundo a direção do HU, o atendimento só será normalizado caso o governo estadual repasse recursos suplementares da ordem de R$ 800 mil para cobrir despesas de custeio referentes aos meses de outubro, novembro e dezembro.

O reitor da Unioeste, Alcibíades Luis Orlando, e o diretor-geral do HU, Alberto Pompeu, estão em Curitiba para viabilizar a liberação imediata de recursos. Em reunião com o secretário estadual de Saúde, Cláudio Xavier, ficou definido que um decreto de suplementação orçamentária seria encaminhado ao governador Roberto Requião.

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O diretor administrativo do HU, Sérgio Fabriz, esclarece que a instituição está com um número reduzido de medicamentos e material médico hospitalar e assim não fará mais cirurgias eletivas, aquelas que aguardam na lista de espera. O hospital realiza em média 400 cirurgias todos os meses, destas 60% são eletivas. Na 10.ª Regional de Saúde, de Cascavel, que abrange 25 cidades, existem cerca de 4 mil pacientes na fila de espera.

As restrições, entretanto, não afetam as cirurgias de emergências. Atualmente o HU tem 178 leitos para internamento e 18 leitos de observação no Pronto Socorro, realizando por mês, em média: 3,2 mil atendimentos no Pronto Socorro, mil internamentos, 400 cirurgias, das quais 60% são eletivas.