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Londrina

IAP e MP fazem pacote de autuações contra município

A Promotoria de Defesa do Meio Ambiente e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) impuseram nesta sexta-feira um pacote de autuações e notificações contra órgãos municipais em decorrência de irregularidades ambientais. A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) de Londrina, no Norte do Paraná, recebeu prazo de 30 dias para tomar providências quanto ao despejo irregular de pilhas num terreno da Prefeitura – denúncia publicada com exclusividade pelo JL. O município retirou as pilhas na própria sexta-feira.

A CMTU também foi notificada para recolocar, em 30 dias, barreiras para a contenção de águas pluviais no fundo de vale do Córrego do Rubi. Já a Companhia de Habitação de Londrina (Cohab) recebeu seis autuações referentes a irregularidades cometidas na Fazenda Refúgio, que pertence à Cohab. O valor total das multas é de R$ 23 mil.

O "pacotão ambiental" foi imposto durante uma reunião de cerca de duras horas, da qual participaram a promotora Solange Vicentin, o chefe regional do IAP, Carlos Hirata, o secretário municipal do Ambiente, Gerson da Silva, o presidente da Cohab, Carlos Eduardo de Afonseca e Silva, o diretor operacional da CMTU, Fábio Reali, o secretário de recursos Hídricos da Sema, João Batista de Souza, técnicos da Sema e ambientalistas da ONG Meio Ambiente Equilibrado (MAE).

No caso do fundo de vale do Córrego do Rubi, o diretor de Operação da CMTU, Fábio Reali, disse que a companhia vai fazer um novo projeto de contenção da águas fluviais no local. A CMTU retirou as ondulações no solo que compunham uma pista de bicicross. Com isso, o lixo acumulado no vale passou a cair no córrego. "Vamos cumprir (o pedido feito na notificação) embora entendamos que não houve dano ambiental", declarou Reali.

No caso da Fazenda Refúgio, Hirata explicou que a Cohab foi multada por retirada de moledo, extração de grama, solo, pastoreio, não recuperação da mata ciliar e depósito de entulho. "Fizemos a notificação anteriormente e como as medidas não foram tomadas, autuamos", explicou o chefe do IAP.

O presidente da Cohab disse que pretende recorrer da multa. Afonseca declarou que a Cohab está tomando as medidas para sanear o problema e que o MP foi informado a respeito dessas medidas. "Nós comunicamos o MP sobre as medidas, mas não houve comunicação do MP ao IAP de tudo que mudamos", explicou.

Solange Vicentin rebateu: "Não basta informar, tem que atuar. Para as questões que foram colocadas é preciso atuação". A promotora defendeu mais diálogo entre os órgãos que lidam com o meio ambiente para evitar problemas com o manejo de áreas de preservação.

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