Em apenas dois dias, 35 barcos foram abordados e 21 redes aprendidas durante uma fiscalização em mar aberto, que vem sendo realizada diariamente para evitar a pesca predatória no litoral do Paraná. Alguns pescadores fugiram ao avistar as equipes e abandonaram os equipamentos. A blitz foi acompanhada nesta terça-feira (03) pelo presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Rasca Rodrigues.
O trabalho, segundo a Agência Estadual de Notícias, está sendo feito por equipes de fiscais do IAP juntamente como Batalhão de Polícia Florestal para impedir que barcos pesqueiros de grande porte vindos de Santa Catarina pratiquem a pesca de arrasto - utilizando redes apoiadas em pranchas no estuário paranaense. As redes e pranchas serão incineradas e todos os pescadores notificados.
De acordo com o presidente do IAP, a compra de dois barcos específicos para fiscalização alterou positivamente a freqüência com que os fiscais podem sair para o mar. "No início de 2003 conseguimos realizar apenas duas grandes incursões em apenas em 50 dias. Já em 2004, passamos a fiscalizar diariamente a costa paranaense", explicou Rasca.
As blitze também vêm sendo promovidas em parceria com o estado de São Paulo, onde as equipes percorrem a rota que vai desde a Barra do Saí - Litoral Sul paranaense, até a Ilha da Figueira, no Litoral Norte do Estado. "Além de monitorar a pesca profissional, os fiscais do IAP também realizam um trabalho de conscientização dos pescadores sobre os danos causados pela pesca de arrasto, principalmente durante o período de defeso", disse Rasca Rodrigues.
O chefe do escritório regional do IAP no Litoral, Reginato Bueno, disse que os pequenos pescadores da região têm grandes prejuízos com a pesca de arrastão feita por barcos grandes, que conseguem retirar do mar em um dia o que um pescador artesanal demora um mês para pescar.