Guaratuba A Polícia Florestal de Guaratuba deve multar hoje em R$ 3 mil a prefeitura de Guaratuba. O auto de infração vem acompanhado do embargo das obras que estavam sendo realizadas para a abertura de uma rua até o mar. "São R$ 1 mil por abertura de estrada sem liberação do órgão competente e R$ 2 mil pela supressão de vegetação em área de preservação permanente", afirmou o sargento.
A prefeitura precisava de uma licença do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para realizar obras naquele local. De acordo com o presidente do IAP, Rasca Rodrigues, o órgão nunca recebeu qualquer solicitação nesse sentido. "Aquela é uma área de preservação permanente, região de dunas e faixa de marinha", explicou Rasca. O secretário de Obras, embora tenha negado ter qualquer conhecimento sobre o embargo e a multa, afirmou que derrubou "apenas uma árvore" e não invadiu a restinga (área de preservação permanente). "Nós fizemos a ligação da rua até a beira-mar, mas a gente não mexeu na beira-mar, ela já estava lá e foi construída há muito tempo", disse Daulin.
Disputa
A área ainda é alvo de uma disputa jurídica sobre a posse de um terreno. A prefeitura foi notificada de uma liminar de reintegração de posse, pedida pelos advogados do engenheiro químico Álvaro Cabral Pereira Jorge, que alega ser o único proprietário do terreno por onde passa a rua. As obras já foram suspensas.
Nesta quarta-feira, a Gazeta do Povo contou a história dos moradores do bairro Nereidas, onde fica a Rua Venezuela, e da família Jorge. Os moradores afirmam que quando compraram os terrenos na região, o loteamento mostrava que a rua tinha acesso a beira-mar. Para Álvaro Jorge, o loteamento, feito em 1974, ignorou o fato de a família ser proprietária, desde 1948, de um terreno entre o fim da rua e a areia da praia.
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