Instituto Ambiental do Paraná vai distribuir sementes de araucária gratuitamente.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Esta época de pinhão na mesa dos paranaenses é para o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), órgão ligado ao Governo do Estado, o período de coletar as sementes da araucária e de preparar as mudas que ajudarão a garantir o futuro da espécie. As mudas depois são distribuídas gratuitamente à população. Este ano, a ideia é que mais de uma tonelada de pinhão seja transformada em 110 mil araucárias.

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As mudas são produzidas em 20 viveiros do IAP espalhados pelo Paraná. São colhidos apenas pinhões de pinhas com características de maturação, quando começa a ocorrer naturalmente a liberação da semente. Os pinhões são colhidos nas regiões de Curitiba, Francisco Beltrão, Irati, Guarapuava, Pitanga, Ponta Grossa, Pato Branco, Cascavel e União da Vitória.

“Como estratégia de conservação da diversidade biológica, cada viveiro tem como foco a produção de espécies de suas regiões. A araucária tem suas áreas de ocorrência natural, e são nelas que devem ser plantadas”, explica a bióloga Maria Cecília de Oliveira Bastos, coordenadora dos viveiros do IAP.

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As mudas são distribuídas gratuitamente junto com outras espécies e instruções de plantio e de cuidados.

Serviço

Qualquer pessoa interessada no plantio de árvores nativas ou produtores rurais que queiram recuperar as áreas degradadas e alteradas de suas propriedades podem pedir a muda. Basta entrar no site do IAP e clicar no ícone “Requerimento de Mudas Nativas”, ou diretamente neste site e fazer o cadastramento.

Após preencher e enviar os dados, o requerimento passa pela análise do IAP, que depois entra em contato para informar o viveiro que irá fornecer a muda. O interessado deve imprimir duas guias do requerimento e levar até o viveiro para retirar a muda.

Espécie em extinção
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Os últimos dados sobre a quantidade de araucárias no Paraná são de 2001. Naquele ano, um levantamento do Ministério do Meio Ambiente, em parceria com a Universidade Federal do Paraná, revelou que o Estado possuía menos de 66 mil hectares intactos de floresta com araucária – ante um passado que já chegou a 8 milhões de hectares.