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 | Fernando Zequinão
| Foto: Fernando Zequinão

R$ 6 milhões É a estimativa de custo da etapa nacional de coleta de sangue e urina para a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Esse valor corresponde a uma parte da renúncia fiscal do Hospital Sírio-Libanês que deve ser aplicada em projetos em prol da sociedade, conforme determina a legislação sobre instituições filantrópicas.

A partir de agora até maio, equipes técnicas visitarão residências selecionadas no Paraná para realizar a segunda etapa da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), aplicada no ano passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nesta fase será feita a coleta de sangue e urina dos cidadãos já selecionados, os quais já concordaram em colaborar, conforme termo de compromisso assinado durante a aplicação do questionário pelo IBGE.

O número de famílias paranaenses que participa da pesquisa não é informado, tampouco os municípios visitados. No Sul e no Sudeste, serão 14 mil famílias visitadas nesta etapa. A PNS está analisando, de forma amostral, as condições de saúde de 80 mil domicílios em 1,6 mil cidades brasileiras.

A PNS está sendo feita em parceria pelo IBGE, pelo Ministério da Saúde e pelo Hospital Sírio-Libanês, que coordena esta etapa do levantamento. Segundo o superintendente de Filantropia do hospital, Sérgio Zanetta, foi organizada uma rede de aproximadamente 500 laboratórios para a coleta em todo o país. É a primeira vez que o país realiza uma pesquisa com essa extensão e detalhamento, com análise de material para exame laboratorial.

Os técnicos vão comparecer nos locais já selecionados e fazer a coleta de sangue e de urina na própria residência. Segundo Zanetta, o sigilo das informações é garantido por lei. "O dado do exame é de conhecimento de cada indivíduo, que vai ter à disposição uma análise de suas condições de saúde, e do laboratório que o emitiu, que já segue o princípio do sigilo das informações. Depois esses dados são enviados de forma criptografada para o IBGE." Zanetta avalia que dificilmente ocorrerão problemas nesta etapa, já que os brasileiros já estão acostumados a passar informações para realização das pesquisas do IBGE, como o Censo.

Ações

Os resultados da pesquisa vão embasar políticas públicas de saúde do Brasil, mas também podem apontar diretrizes em outras áreas. "Se for identificado a presença de muito sal, por exemplo, isso pode ter implicações nas definições para a indústria de alimentos", explica Zanetta.

Segundo o IBGE, na amostra de sangue, serão feitos exames de hemoglobina glicada, colesterol, hemograma, hemoglobina S e outras hemoglobinopatias, creatinina e sorologia da dengue; na urina, serão analisadas a dosagem de sódio, de potássio e creatinina. "Além de ter acesso a um exame completo, os cidadãos da pesquisa estarão contribuindo com toda a sociedade, para a identificação do estado de saúde da população", acrescenta o diretor do Sírio-Libanês.

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