Rio de Janeiro Quem entra no site do IBGE encontra um relógio com a estimativa da população brasileira em tempo real. Ontem à tarde éramos 186.341.300, porém o número cresce a uma taxa média de cinco novos habitantes por minuto, 7.200 por dia, 216 mil por mês ou 2,5 milhões de brasileiros a mais por ano, já descontados os registros de óbitos no período. Nesse ritmo, o Brasil ultrapassará a barreira de 200 milhões de habitantes no fim de 2010.
Por trás do relógio demográfico, existe uma metodologia universal, testada e aprovada ao longo de várias décadas em mais de 200 países e que é atualizada uma vez por ano (sempre à 0h do dia 1.º de julho), quando são incorporadas algumas variáveis que podem interferir no número final, como taxas de fertilidade, mortalidade e migração, entre outras.
Contar pessoas e mostrar como elas vivem é apenas uma entre as dezenas de atividades do IBGE, que este mês está completando 70 anos de existência, com a responsabilidade de produzir estatísticas oficiais, que de uma forma ou de outra interferem na vida dos brasileiros e do próprio país.
São números que serão usados para planejar, implantar e acompanhar políticas específicas, auxiliar pesquisadores a apontar caminhos e perigos, aferir a realidade brasileira diante do cenário mundial e até mesmo servir de munição a adversários políticos.
Praticamente tudo o que sabemos hoje sobre o Brasil e os brasileiros saíram das planilhas e computadores do IBGE nos últimos 70 anos.
Só em 2006, o órgão divulgará 141 pesquisas, além de 26 estudos estruturais. São informações que desvendam uma infinidade de siglas, como PIMF, PME, SIVAPI e PIMES, entre outras, desconhecidas do cidadão comum mas que são atentamente acompanhadas por setores específicos do mercado financeiro e empresarial.
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