Cerca de 18,6 milhões de pessoas com 2 anos ou mais, 8,9% da população brasileira, possui algum tipo de deficiência, segundo o módulo "Pessoas com Deficiências" da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) Contínua 2022, divulgado pelo IBGE, nesta sexta-feira (7).
De acordo com o levantamento, 47,2% das pessoas desse grupo tinham 60 anos ou mais. Do total, 25,6% tinham concluído pelo menos o ensino médio, porcentual menor ao das pessoas sem deficiência, 57,3%. A taxa de analfabetismo registrado entre as pessoas com deficiência é de 19,5%, muito maior em comparação às pessoas sem deficiência, com índice de 4,1% nesse item.
No mercado de trabalho, o levantamento mostrou que apenas 29,2% das pessoas que participam da força de trabalho têm alguma deficiência, enquanto as pessoas sem deficiência correspondem a 66,4%. A desigualdade persiste mesmo entre as pessoas com nível superior: nesse caso, a taxa de participação foi de 54,7% para pessoas com deficiência e 84,2% para as sem deficiência.
Os dados ainda mostram que 55% das pessoas com deficiência que trabalhavam estavam na informalidade, sendo que o percentual das pessoas ocupadas sem deficiência foi de 38,7%. Outra discrepância foi em relação ao rendimento médio real habitualmente recebido: enquanto o rendimento das pessoas ocupadas sem deficiência era de R$ 2.690, o rendimento das pessoas ocupadas com deficiência foi de R$1.860.
A pesquisa considerou pessoa com deficiência aquela a partir de 2 anos que respondeu ter muita dificuldade ou não conseguir de modo algum realizar as atividades perguntadas. Veja o número de dificuldades investigadas:
- 3,4% para andar ou subir degraus;
- 3,1% para enxergar mesmo usando óculos ou lentes de contato;
- 2,6% para aprender, concentrar ou lembrar-se das coisas;
- 2,3% para levantar uma garrafa com 2 litros de água da cintura até altura dos olhos;
- 1,4% para pegar objetos pequenos ou abrir e fechar recipientes;
- 1,2% para ouvir, mesmo usando aparelhos auditivos;
- 1,2% para realizar cuidados pessoais;
- 1,1% para se comunicar, compreender e ser compreendido;
Além disso, 5,5% das pessoas tinham deficiência em apenas uma das suas funções e 3,4% em duas ou mais funções. O perfil das pessoas com deficiência se mostrou mais feminino (10,0%) do que masculino (7,7%) e ligeiramente maior nas pessoas da cor preta (9,5%), contra 8,9% entre pardos e 8,7% entre brancos. O Nordeste, com 5,8 milhões de pessoas nesta condição, foi a região de maior percentual (10,3%), com o Sul (8,8%), Centro-Oeste (8,6%), Norte (8,4%) e Sudeste (8,2%) a seguir.
Os dados deste ano utilizam metodologia diferente de levantamentos anteriores do IBGE e, portanto, não podem ser comparados.
- 70% dos alunos de inclusão não participam efetivamente das aulas, diz pesquisa
- Prefeituras querem recontagem da população em 2025 após Censo e IBGE reage
- RJ e BA: o censo mostra a migração dos apartamentos para casas em condomínios?
- Censo IBGE: População cresce 6,5% e chega a 203 milhões de habitantes
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Ataque de Israel em Beirute deixa ao menos 11 mortos; líder do Hezbollah era alvo
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora