O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que administra o Parque Nacional do Iguaçu, em Foz, no Oeste do estado, tenta negociar a saída de cerca de dez índios que ocupam o parque desde o dia 23 de setembro saiam do local. De acordo com o chefe da unidade, Jorge Pegoraro, o grupo levou animais domésticos como cachorros, gatos e galinhas para a floresta, o que põe em risco a preservação da área.
"Nós do ICMBio estamos monitorando a área e dialogando com a Funai (Fundação Nacional do Índio) e com o Ministério Público Federal (MPF) para que esses índios saiam pacificamente", disse Pegoraro. Uma equipe do parque se encontra diariamente com os indígenas para monitorá-los e conversar com eles. A invasão está prestes a completar um mês e aconteceu porque os índios, da etnia Avá-Guarani e saídos da reserva de Diamante do Oeste, na região de Matelândia, exigem a demarcação de mais terras para eles.
O chefe do parque disse que a causa dos indígenas é respeitada, mas que não é possível permitir que eles permaneçam ou que expandam o território que ocupam. "Eles estão em um acampamento rudimentar e usam fogo, o que pode causar um grande incêndio florestal", justifica. Além disso, há a possibilidade que eles cacem, pesquem e retirem palmito da região, o que aumentaria os danos à natureza.
A Funai foi procurada para comentar a situação, mas não respondeu até as 19h30 desta quinta-feira (17).