Idosa de 86 anos é morta com facada no pescoço em Rio Negro

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Uma mulher de 86 anos de idade foi assassinada com uma facada no pescoço na tarde de terça-feira (13), dentro da casa onde morava com o irmão, em Rio Negro, na região Sul do Paraná. De acordo com a Polícia Civil da cidade, o corpo da aposentada Frida Ruthes ainda estava com a faca cravada no pescoço quando foi recolhido. O irmão mais novo de Frida, Júlio Ruthes, de 78 anos, também foi agredido, mas, depois de hospitalizado, recebeu alta ainda na terça-feira.

À polícia, Ruthes contou que saiu de casa por volta do meio-dia para ir ao mercado comprar comida para o almoço. Quando voltou para a residência, encontrou a irmã morta com a faca no pescoço. "Neste momento ele conta que, antes de ver qualquer outra pessoa, sentiu uma tontura e desmaiou, tombando de frente no chão", diz o delegado titular da cidade, Maurício Souza da Luz. Segundo o policial, o aposentado acordou cerca de duas horas depois e, com a ajuda de vizinhos, chamou o Corpo de Bombeiros. "Ele tinha um grande corte na cabeça, provavelmente feito por uma faca e uma lesão no supercílio por conta da queda", conta o delegado.

Além da facada, o corpo de Frida não aparentava outras lesões, segundo a polícia. Exames do Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba, para onde o corpo foi encaminhado, ajudarão na investigação.

Segundo Luz, ainda não há uma linha de investigação definida para o caso. "Encontramos uma quantidade de dinheiro na casa, e o próprio Ruthes tinha uma quantia nos bolsos, que não foi levada", afirma. Apesar disso, não está descartada a possibilidade de latrocínio (roubo seguido de morte), uma vez que os criminosos podem ter levado outros pertences. Até esta manhã, o aposentado que sobreviveu não havia retornado à casa para confirmar se algum objeto foi roubado, já que passou a noite na residência de parentes.

De acordo com informações apuradas até esta manhã pelo delegado, os irmãos não tinham desentendimentos com outras pessoas. A casa deles fica localizada na Rua Doutor Mario Alves Teixeira de Freitas, no bairro Bom Jesus. "Fica bem na entrada da cidade, mas é um imóvel bastante simples. Os dois viviam apenas com a aposentadoria rural que recebiam e não tinham muitos bens".

A polícia da cidade está convocando diversas pessoas, entre vizinhos, familiares e trabalhadores que prestavam serviço aos idosos, para depoimentos que devem começar nesta tarde. "É um crime bastante estranho, do tipo que não acontece em cidade pequena", define o delegado. A cidade de Rio Negro tem aproximadamente 31 mil habitantes e faz divisa com o município de Mafra, no estado de Santa Catarina.