Idosa morre ao cair de ônibus em movimento

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Paranavaí – A aposentada Janete de Melo, de 73 anos, morreu anteontem à noite, na Santa Casa de Paranavaí (Região Noroeste do estado), vítima de traumatismo craniano. Ela sofreu o ferimento ao cair de um ônibus do transporte coletivo urbano em movimento, por volta do meio-dia de terça-feira. O corpo da aposentada foi sepultado ontem. Inconformados no velório, os familiares pediram justiça.

O superintendente da Polícia Civil de Paranavaí, Adílson Ribeiro, informou que o ônibus foi apreendido e passará por uma perícia hoje, mesma data em que começarão a ser tomados os primeiros depoimentos no inquérito aberto ontem. Ele adiantou que o motorista do ônibus, Valdecir Augusto de Souza, pode ser indiciado por homicídio culposo (sem a intenção de matar).

O desafio para a polícia é apurar as causas do acidente que provocou a morte da aposentada. Uma das informações a serem apuradas é a de que o ônibus trafegava com as portas abertas, segundo revelaram testemunhas. A mulher caiu a menos de 30 metros antes do ponto de parada no Jardim São Jorge.

O filho da vítima, Antônio Figueira Jorge, chegou a ser preso pouco depois do acidente, acusado de agredir o motorista do ônibus da Transportes Rodoviários de Passageiros. A briga entre os dois ocorreu durante uma discussão sobre o acidente. Jorge passou a noite na cadeia e só pôde ir ao velório da mãe ontem cedo, após ser liberado mediante o pagamento de R$ 190 de fiança.

Segundo o advogado da família, Antônio Marcos Solera, deve ser ajuizada uma ação de indenização contra a empresa. "Os culpados terão de ser responsabilizados", disse. O motorista sofreu luxação no ombro, foi medicado e liberado.

O coordenador do Procon em Paranavaí, Luiz Sérgio de Oliveira, informou que as queixas contra o serviço de transporte coletivo da cidade são esporádicas. "Recebemos uma média de duas reclamações a cada 15 dias e ainda são feitas por telefones", afirma. As principais reclamações são referentes às condições dos ônibus e o atraso dos coletivos.

A reportagem da Gazeta do Povo entrou em contato com a empresa responsável pelo ônibus, mas a direção não quis se pronunciar sobre o assunto.