Idosa morre depois de ser agredida por assaltantes

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Duas idosas foram atacadas na madrugada de ontem dentro de sua casa, no bairro São Francisco, em Curitiba. Provavelmente o ataque foi feito por assaltantes, embora a polícia ainda não saiba dizer se algum objeto foi roubado. A artista plástica Irene Rolek, de 87 anos, morreu. Sua irmã, a farmacêutica Sophia, de 86, está internada no Hospital Evangélico com vários ferimentos. As duas viviam numa casa antiga na Rua Ermelino de Leão e, segundo conhecidos, eram pessoas tranqüilas, que não tinham inimizade com ninguém.

Os invasores entraram na casa pelo telhado, perto das 2 horas da manhã. A Polícia Militar desconfia que eram três pessoas. O telhado não resistiu e eles caíram dentro do quarto das irmãs. Os vizinhos ouviram gritos e ligaram para o telefone de emergência da polícia. A suspeita é de que elas teriam reconhecido os homens, que passaram a agredi-las.

Sophia, que sobreviveu, tem sinais de esganadura, além de golpes no rosto, de acordo com os médicos que estão tratando dela. O estado de saúde dela é considerado delicado, não só em função dos ferimentos como também por causa da idade avançada, que torna a recuperação mais difícil. Sophia ainda não sabe que sua irmã morreu.

Fuga

Depois da agressão, os invasores teriam fugido pelo mesmo lugar por onde entraram, segundo os policiais da Delegacia de Furtos e Roubos, que começou ontem a investigar o caso. Antes de sair, segundo ios investigadores, eles ainda lavaram o sangue de suas mãos na caixa d´água da casa. Os vestígios de sangue ainda podiam ser vistos na água quando a polícia chegou.

Perfil

Farmacêutica de profissão, Irene Rolek tinha paixão pela arte. Surgiu na cena das artes plásticas do Paraná nos anos 60. "Ela tinha gravuras e pinturas de tendências expressionistas. Era notável uma influência do [artista plástico paranaense] Guido Viaro na obra dela", conta Fernando Bini, professor de História da Arte da Universidade Federal do Paraná.

"Era uma grande amiga. Foi com profunda tristeza que recebi a notícia nesta manhã", diz o crítico de arte Ênio Marques. A artista parou de produzir no início dos anos 80. Uma de suas obras, a gravura Lavadeiras II, faz parte do acervo do Museu Oscar Niemeyer.