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Saúde

Idosos ganham academia a céu aberto em Maringá

Maringá – A prática de exercícios físicos tem ajudado a aposentada Antônia Maria da Conceição, 86 anos, a amenizar a pressão e as dores na coluna, nas pernas e no pescoço. Há quatro meses, ela faz uma série de 30 minutos de exercícios na Academia da Terceira Idade (ATI) do Conjunto Parigot de Souza, em Maringá. "Neste tempo, não fui mais ao posto de saúde", afirma. Agora, revela, consegue até retirar os móveis para limpar a casa.

Antônia Maria entra na estatística da prefeitura de Maringá que aponta redução no número de consultas e retirada de medicamentos do sistema municipal de saúde desde que o programa das ATIs foi implantado em abril. A média de atendimentos a idosos caiu de 227,5 por mês entre janeiro e abril para 174 em maio, e 175 em junho.

Atualmente, são quatro ATIs em Maringá – são dez aparelhos instalados em praças públicas ou ao lado de Unidades Básicas de dio de R$ 20 mil bancados por empresas parceiras. A previsão da prefeitura é de chegar a 15 até o fim do ano.

Nas academias adaptadas, os usuários fazem exercícios para alongar, flexionar, fortalecer e relaxar os músculos com acompanhamento de especialistas.

Projeto

O projeto é inédito no Brasil e já foi apresentado pelo secretário de Esportes, Roberto Nagahama, em Brasília no final do mês de julho, quando defendeu Maringá como sede de jogos escolares e universitários. Assim como o secretário de Saúde, Antônio Carlos Nardi, apresentou a ATI na Mostra Nacional de Vivências Inovadoras de Gestão no SUS (Expogest), em junho, em Curitiba, atraindo atenção de outros gestores.

A origem da ATI foi em setembro do ano passado, quando o então assessor da prefeitura, Marcos Valêncio, viu uma reportagem na tevê Globo sobre a academia naquele país. Ele entrou em contato com o consulado brasileiro naquele país, que passaram informações.

O secretário de Esportes passou 23 dias com um serralheiro fazendo testes, montando, soldando e adaptando os aparelhos. Nagahama é proprietário de uma academia de ginástica e usou a experiência para desenvolver os equipamentos com referências de fisiologia e preocupação em não causar danos físicos aos idosos. "Depois de um ajuste, a gente testava para ver o quanto e quais músculos cada aparelho trabalhava", explica Nagahama. O projeto da Academia da Terceira Idade prevê ampliação para atender crianças e jovens.

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