Em 53% dos domicílios do País, mais da metade da renda era fornecida por idosos em 2007, revela o IBGE. Dez anos antes, o porcentual era de 47,2%. Na área rural do País, o mesmo nível de contribuição das pessoas com 60 anos ou mais no orçamento familiar chegou a 67,3% dos domicílios em 2007 - no caso do Nordeste rural, a 73%.
"Numa sociedade em que a população vem envelhecendo rapidamente, é de notar que a parcela mais idosa tenha dose de contribuição maior. A política de aumento do salário mínimo não só ajuda para o aumento da renda familiar em geral, como em especial para esta camada da população, que depende principalmente da aposentadoria", disse o presidente do IBGE, Eduardo Nunes.
A análise do crescimento relativo da população por grupos de idade entre 1997-2007 mostra um incremento de 65% na faixa de 80 anos ou mais. A população brasileira apresentou crescimento de 21,6% no período, e na faixa de 60 anos ou mais o aumento foi de 47,8%.
Abaixo da reposição
O IBGE destaca o baixo crescimento nas faixas de 0 a 14 anos (0,4%) e de 15 a 24 (13,6%). A taxa de fecundidade recuou 66% em menos de 40 anos - era de 5,8 filhos por mulher de 15 a 49 anos em 1970 e chegou a 1,95 em 2007, abaixo do nível de reposição da população (2,1 filhos por mulher).