O trabalho desenvolvido pelo artista plástico Marcílio Soares pode transformar a Paróquia Santa Luzia, no bairro Mercês, no mais novo ponto turístico de Curitiba. Pelo menos essa é a vontade dos administradores da igreja, que pretendem discutir a proposta de levar turistas para o local com a prefeitura e com a Secretaria de Estado do Turismo, entre outros órgãos.
Apesar de ter uma estrutura arquitetônica que chama a atenção, são as pinturas, as esculturas e os vitrôs de Soares que criaram a possibilidade da igreja ser considerada um ponto turístico. Os 650 metros quadrados internos foram pintados à mão, com imagens sobre a vida de Jesus, desde o seu nascimento até a ressurreição. No altar, oito anjos foram esculpidos e as imagens de Santa Luzia e de São Nicolau foram pintadas com tinta a óleo.
Nos vitrôs foi retratada a arte sacra. A pintura leva 19 demãos e dura em média 120 anos. O primeiro retoque deve ser feito somente depois de 50 anos. Só para se ter uma idéia do intenso trabalho realizado pelo artista, a cada 50 metros quadrados ele usou 823 tubos de tinta, o que significa R$ 450 gastos a cada metro. "Desenvolvo um trabalho voluntário para as igrejas. Cobro apenas o material utilizado, que não é pouco. Meu objetivo é conseguir evangelizar por meio da arte", diz Soares, que decidiu se dedicar à arte sacra depois de ter melhorado de queimaduras que teve pelo corpo, após a ingestão de um remédio. "Teve uma época em que eu precisava pintar com o pincel amarrado na mão. Prometi que mudaria minha vida se conseguisse ficar bom", conta.
Para valorizar o trabalho do artista, a idéia inicial dos administradores da igreja é acrescentar mais uma parada na Linha Turismo, que percorre os principais pontos turísticos da cidade e que passa próximo ao local porque vai até o Parque Barigüi. "Tudo é muito embrionário e pode levar bastante tempo para ser concretizado. Estamos procurando patrocínio e também precisamos incluí-la como um bem tombado pelo patrimônio histórico da cidade para poder receber o título", explica o presidente da comissão econômica da paróquia, Lino Munaro.
A administração da Cúria Metropolitana foi procurada para comentar o caso, mas preferiu primeiro conhecer a igreja para depois emitir um parecer. Segundo a assessoria de imprensa da Cúria, hoje não há nenhuma paróquia no Paraná que é considerada ponto de turismo, a não ser aquelas que são patrimônio da cidade.
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