Ao denunciar os crimes, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) foi acusada de prevaricação e de propagação de informação falsa com fins eleitorais.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo
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Esta semana, denúncias de exploração sexual de crianças e tráfico de pessoas menores de idade na Ilha do Marajó, no Pará, voltaram ao noticiário após a repercussão de uma música da cantora Aymeê intitulada “Evangelho de fariseus”.

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O tema ganhou repercussão nacional pela primeira vez em 2022 através de denúncias feitas pela então ministra dos Direitos Humanos e atual senadora, Damares Alves (Republicanos-DF). Na época, Damares foi alvo de ataques de políticos e artistas que tentaram descredibilizar as denúncias.

Após a viralização do vídeo de Damares denunciando os supostos crimes, em outubro de 2022, após o primeiro turno das eleições, a apresentadora Xuxa Meneghel divulgou um abaixo-assinado pedindo a cassação do mandato de senadora antes de Damares tomar posse.

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A petição também foi endossada pelo apresentador Marcelo Tas, pela atriz Patrícia Pillar e pelo jornalista e escritor Xico Sá. Após os apelos dos famosos, a petição ganhou força e ainda segue ativa na internet com mais de 1 milhão de assinaturas.

Damares também foi alvo de ataques de políticos como o então candidato à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e foi denunciada à Procuradoria-Geral da República (PGR) através de uma notícia-crime apresentada por Erika Hilton, parlamentar do PSOL.

Damares foi acusada de prevaricação e de propagação de informação falsa com fins eleitorais.

Na época, ao conceder entrevista em um podcast, Lula tentou desacreditar as denúncias feitas por Damares e as classificou como “absurdas”.

“É uma coisa tão absurda que na minha cabeça não passa a ideia de que alguém pode falar uma coisa daquela, não é possível”, afirmou o petista ao Flow Podcast.

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Nesta quinta-feira (22), após o retorno do tema ao noticiário, o governo Lula disse que “as vivências das populações tradicionais do Marajó não podem ser reduzidas à exploração sexual”.

Como noticiado pela Gazeta do Povo, os casos de prostituição e pedofilia no Marajó são investigados desde 2006.

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