A Delegacia de Homicídios (DH) tenta identificar três homens que aparecem em imagens gravadas por câmeras de segurança da Rua Alferes Poli, no bairro Rebouças, em Curitiba, onde o jovem Leonardo Henrique Wosniak, de 24 anos, foi encontrado morto na madrugada de domingo (15). Eles circulam próximo ao ponto onde o carro da vítima, um Astra, estava estacionado em atitudes consideradas suspeitas, segundo a polícia. Wosniak era gerente de negócios de uma multinacional e aluno da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
"Temos que saber quem eram essas pessoas que aparecem nas imagens e o que faziam neste local, justamente na hora do crime. Eles precisam ser localizados e investigados", disse o delegado Rubens Recalcatti, chefe da DH.
O primeiro suspeito aparece nas filmagens às 5h47*, caminhando na Rua Alferes Poli. Ele atravessa a via, caminhando em direção ao local onde o carro de Wosniak estava estacionado. O homem aparentemente jovem e que usa camisa listrada olha diversas vezes para o lado, enquanto cruza a rua.
Às 5h55, um Gol vem pela Alferes Poli e para no cruzamento coma Rua Almirante Gonçalves. O carro fica parado naquele ponto por cerca de um minuto. O motorista se debruça na janela do veículo, olhando em sentido ao local onde o Astra de Wosniak estava parado.
No minuto seguinte, um homem um pouco calvo aparece, indo do ponto em que o carro da vítima estava, em direção ao Gol. Este homem gesticula bastante e faz sinal para que o condutor do Gol deixe o local. Ele chega próximo a este carro e conversa um pouco com o motorista, que sai com o veículo.
"A atitude desses dois homens é muito suspeita. Eles aparentam estar nervosos, fazendo sinais um para o outro. Chama atenção o fato de eles estarem na hora e local em que Wosniak foi morto", apontou o delegado.
A polícia estima que Wosniak tenha sido assassinado entre as 5h45 e as 6 horas. Na terça-feira (17), a DH havia divulgado imagens que mostram que o rapaz saiu sozinho de uma casa noturna no bairro Batel.
Motivação
A polícia trabalha com algumas linhas de investigação, dentre as quais está hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte). "Ele pode ter sido vítima de um sequestro-relâmpago ou ter sido abordado por assaltantes e acabou sendo morto", avaliou o delegado. Recalcatti também leva em conta uma possível briga de trânsito ou algum crime de vingança.
Vida noturna agitada
Na segunda-feira, a DH traçou um perfil de Wosniak. Segundo o delegado, o rapaz cursava Engenharia na UTFPR, gostava de viagens e tinha uma vida noturna agitada. Familiares informaram à polícia que o jovem costuma frequentar casas noturnas e não raramente dormia fora. A cada balada, ele gastava de R$ 100 a R$ 200. "Era um rapaz que gostava da noite e que passava noites fora de casa. Tanto que nós informamos a família que ele estava morto", disse o delegado.
Segundo informações do perfil de Wosniak na rede social Facebook, ele havia concluído um curso superior, em 2011, na UTFPR. Na página na internet consta também a informação de que ele era gerente de negócios da empresa Iron Mountain Incorporated.
* Há um intervalo de uma hora na marcação das imagens, por conta do horário de verão