O Instituto de Criminalística de Curitiba (IML) descartou nesta quinta-feira (26) a possibilidade de abuso sexual em Karina Colimo, de 10 anos. A menina foi enterrada no fim da tarde desta quinta no Cemitério Água Verde, em Curitiba, depois de ter sido achada morta em meio a um matagal na quarta-feira (25) na chácara em que morava com a família na cidade de Bocaiúva do Sul, região metropolitana de Curitiba. Ela e a madrasta estavam desaparecidas desde o último dia 19. A madrasta, Lucineia Luiza de Almeida, de 27 anos, foi encontrada morta na última segunda (23). Um funcionário da propriedade é o principal suspeito dos crimes.
Carlos Alberto Peixoto Baptista, o médico legista do IML responsável pela análise da causa da morte de Karina, informou que a perícia no corpo aponta que um "objeto perfuro-cortante" foi utilizado para assassinar a menina. Ela apresentava ferimentos de faca ou similar na região do pescoço e teria morrido devido ao sangramento provocado pelo ferimento.
A hipótese cogitada pela Polícia Civil de Bocaiúva, de violência sexual, está descartada. Baptista disse que na menina não havia evidência de abuso. "Não havia sinais compatíveis com violência sexual. Ela chegou vestidinha, com as roupas bem postas", afirmou.
A estimativa do médico legista é de que Karina tenha sido morta entre cinco e sete dias antes de ser encontrada nesta quarta-feira. Com isso, ganha força a hipótese de ela e a madrasta terem sido assassinadas na quinta-feira, dia em que o pai de Karina, e marido de Lucineia, não encontrou mais as duas em casa.
Porém, não foi possível conversar com o delegado de Bocaiúva Homero Vieira Neto nesta quinta e confirmar se a hipótese de violência sexual contra Lucineia também foi descartada. No IML não havia informações.
Suspeito
O Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride) divulgou nesta quinta-feira (26) uma fotografia do roçador contratado pelo pai de Karina para realizar um serviço de limpeza na chácara em que os crimes aconteceram. Altamir José Rodrigues, de 33 anos, é o principal suspeito do duplo homicídio.
Segundo a Delegacia de Bocaíuva do Sul, o homem está foragido e desde a última quinta-feira (19) não foi mais encontrado. Inclusive, ele teria ficado de ir receber o pagamento pelo serviço feito na chácara na sexta-feira (20), mas não apareceu. De acordo com a delegada chefe do Sicride, Daniele Oliveira Serighelli, Altamir Rodrigues é foragido da Colônia Penal Agrícola, onde cumpria pena por roubo. O suspeito também responde a um homicídio ocorrido em Colombo.
Qualquer informação sobre Rodrigues deve ser repassada para o Sicride pelo telefone (41) 3224-6822 ou para a Delegacia de Bocaiúva do Sul através do número (41) 3658-1244.
Entenda o caso
A madrasta e a enteada desapareceram no dia 19 de abril. Elas teriam sumido enquanto o atual marido de Lucineia havia saído para trabalhar. A família morava em uma chácara de cerca de 60 alqueires, na Estrada do Jacaré, próximo a Rio Branco do Sul.
O marido havia deixado um homem responsável por fazer um roçado na chácara durante o dia. Quando ele voltou do trabalho no fim da tarde, este roçador informou que as duas teriam saído durante a tarde em um carro prata.
Desde então, a mulher e a criança não foram mais vistas. A Polícia Civil descobriu a identidade do homem contratado para a roçada. Ele seria fugitivo do sistema penitenciário era apontado pela Delegacia de Bocaiúva do Sul como um dos suspeitos pelo sumiço de Lucineia e da criança.
Serviço
SicrideRua José Loureiro, 376Centro Curitiba(41) 3224-6822
Delegacia de Bocaiúva do Sul(41) 3658-1244
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