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Viatura encostada no pátio do IML, com problemas mecânicos | Felippe Aníbal/ Gazeta do Povo
Viatura encostada no pátio do IML, com problemas mecânicos| Foto: Felippe Aníbal/ Gazeta do Povo

Com dois carros em manutenção e um removido para atender o Litoral do estado durante a temporada, apenas uma viatura do Instituto Médico-Legal (IML) está atuando no recolhimento das vítimas de morte violenta, em Curitiba e região metropolitana (RMC). Além de atrasar a remoção, a redução da frota em operação pode retardar a realização das necropsias e a liberação dos corpos para o sepultamento.

De acordo com o diretor-geral do IML, coronel Almir Porcides Júnior, normalmente três viaturas são destinadas a atender a capital e os municípios da RMC. Dois carros operam diretamente e um terceiro fica como reserva, sendo usado conforme a demanda. Desde o início desta semana, no entanto, duas unidades estão encostadas, com problemas mecânicos. A única viatura em operação é um furgão Renault Traffic, com capacidade para recolher até quatro corpos por viagem.

"Se este veículo que está em operação em Curitiba tiver qualquer problema, vou ter que remanejar uma viatura que foi encaminhada à Operação Praia", explicou o diretor-geral. De acordo com Porcides Júnior, o carro foi destinado ao Litoral do estado no início da temporada, em que a demanda é maior naquela região.

Reflexos

Segundo o IML, o órgão atua na remoção de uma média de dez vítimas de morte violenta por dia. De acordo com a legislação, os médicos legistas têm seis horas após o registro do óbito para concluir a necropsia. Somente após este procedimento é que os corpos são liberados para o sepultamento.

Na segunda-feira (10), o corpo de um homem que foi encontrado morto por volta das 10h30, no bairro Santa Cândida, mas só foi recolhido pelo IML às 16h45, mais de seis horas depois, tempo superior ao prazo para que a necropsia seja concluída. A informação de funcionários do IML é de que o atraso ocorreu porque a mesma equipe precisou remover uma vítima de homicídio em Fazenda Rio Grande e outra em Colombo.

Porcides Júnior apontou que o IML não definiu um tempo médio gasto em cada remoção de cadáver. "Depende da distância e do tempo gasto pelo Instituto de Criminalística, que faz um levantamento pericial de cada caso", explicou.

A expectativa é que uma segunda viatura esteja operando a partir da semana que vem. Segundo o diretor-geral, é preciso haver mais investimentos e a renovação constante da frota. "Os veículos são relativamente novos, foram adquiridos em 2008. Mas a área de atuação é muito grande, então o desgaste é inevitável", apontou.

O IML recolhe todos os corpos de vítimas de morte violenta (causadas por arma de fogo, branca, agressões físicas e queimaduras) ou a apurar, além de pessoas que morreram em acidente de trânsito. Após o recolhimento, os cadáveres são submetidos à necropsia, que apura a causa das mortes. Com a conclusão deste procedimento, os corpos podem ser liberados.

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