O cirurgião Ivo Pitanguy, em visita a Curitiba em 2007| Foto: Prisciila Forone/Gazeta do Povo/Arquivo

Membros da Academia Brasileira de Letras lamentaram a morte do cirurgião plástico Ivo Pitanguy. O médico morreu, aos 90 anos, na tarde deste sábado (6), no Rio de Janeiro.

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Pitanguy era o quarto ocupante da cadeira nº 22 da instituição literária desde 1990, quando foi eleito.

“Nós estamos perdendo um de nossos mais representativos acadêmicos, alguém que honrava a casa. Estou muito impactado, bastante emocionado. Ele era representativo em todos os sentidos, como acadêmico, como amigo e como cidadão. Ele cumpriu o destino dele com a vida que teve”, disse o presidente da ABL, Domício Proença Filho.

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O escritor Antônio Carlos Secchin também lamentou a morte do colega: “Ele sempre se destacou pela elegância e discrição. Ele era uma pessoa muito interessante, era um humanista, tinha uma cultura literária muito vasta e não se limitava à medicina.”

Em seu discurso de posse, em 1991, o renomado cirurgião enalteceu sua especialidade e a importância da divulgação científica, dizendo acreditar que o campo do conhecimento que escolheu “encerra uma finalidade transcendente, que é a tentativa de harmonizar o corpo com o espírito, a emoção com a razão, visando estabelecer um equilíbrio interno que permita ao indivíduo reencontrar-se, reestruturar-se, para que se sinta em harmonia com sua própria imagem e com o universo que o cerca”.

Na ocasião, Pitanguy foi recebido com discurso do médico e ensaísta Carlos Chagas Filho, que afirmou que o novo imortal “não conquistastes prestígio, fama e glória através de oportunidades desvalidas, mas sim através de um esforço próprio, guiado sempre pelo desejo de realizar o ideal de servir a todos quantos necessitassem de vosso auxílio”.