A negociação entre médicos residentes e o Ministério da Educação (MEC) chegou a um impasse: o governo não aceita negociar enquanto residentes estiverem em greve, e os residentes afirmam que permanecerão parados enquanto a pasta não levar em conta suas reivindicações. Segundo o ministério, a negociação foi interrompida pela greve, no dia 17. O governo federal propunha 20% de reajuste imediato para a bolsa-auxílio de R$ 1.916,45. Mas se comprometia a rever o valor após as eleições.
Os residentes querem 38,7% de aumento. Há uma semana ofereceram a contraproposta de 28,7% agora e 10% no próximo ano. Segundo a Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR), as reivindicações começaram há cerca de quatro meses e a greve foi o "último recurso ante a indiferença do governo". O presidente da ANMR, Nivio Moreira Junior, aponta que a bolsa-auxílio está congelada desde 2007.
O Ministério da Saúde informou ontem que não havia registros de prejuízos nos serviços, fora possíveis casos pontuais de atrasos e adiamento. O Hospital Universitário de Manaus, dos cinco atingidos pela greve, é o mais crítico: dos 200 residentes em greve, 130 trabalham no local. Apenas 40% dos serviços clínicos estão sendo realizados. Em Maceió e Salvador, foram registradas histórias semelhantes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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