Ted Boy Marino, 72 anos, morreu no início da noite desta quinta-feira (27), após uma cirurgia de emergência de trombose| Foto: Zulmair Rocha/Folhapress

A implantação de mão dupla na Rua Sete de Abril, no bairro Alto da XV, em Curitiba, entre as ruas Ubaldino do Amaral e XV de Novembro, vem causando congestionamentos e confusão no trânsito da área. A alteração foi feita na última terça-feira (25), como última medida de uma série de modificações no trânsito da região. As alterações fazem parte da conclusão do Anel Viário, projeto que tem como objetivo permitir o deslocamento rápido de veículos entre bairros, usando binários que não passam pelo Centro.

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Nesta quinta-feira, uma colisão ocorreu às 8h desta quinta-feira, no cruzamento com a Rua Reinaldino Schaffemberg de Quadros, envolvendo um carro e um ônibus. Comerciantes da região se queixam de falta de orientação e ausência de placas. Na esquina do acidente, a conversão de carros ficou proibida, mas a de ônibus é permitida. No horário de pico, é fácil presenciar buzinadas e erros de direção, com entradas acidentais de carros na contra mão.

Para o motoboy João Paulo Pereira, não havia necessidade de abertura de mão dupla, já que o fluxo de trânsito da rua é muito maior no sentido do Jardim Botânico ao Alto da XV. "A fila de carros fica enorme de um lado, e do outro está livre. Não dá para entender", diz. O instrutor de autoescola Magno Zanatta também é crítico em relação às modificações. "Não vi vantagens, só transtorno".

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A prefeitura afirma que, num primeiro período das modificações de trânsito, é normal alguma confusão dos motoristas, mas a situação tende a se estabilizar em poucas semanas, com a orientação dos fiscais da Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) no local. Caso a situação permaneça difícil no médio prazo, não ficam descartados ajustes.

No bairro Alto da Glória, as alterações de trânsito para o término do Anel Viário também haviam causado queixas semelhantes de moradores, que relatavam congestionamentos e acidentes, há cerca de dois meses. Hoje, no entanto, a situação parece ajustada. "O pessoal vai se acostumando, aprende a se disciplinar", diz o advogado Paulo Miranda, que havia sido visitado pela reportagem no começo de agosto.