O deslocamento de ar provocado pela implosão de parte do elevado da Perimetral atingiu o prédio de seis andares do Tribunal de Justiça situado na avenida Rodrigues Alves, próximo ao traçado do viaduto que veio abaixo.
Sede da Vara de Infância e Juventude, o edifício teve 20 vidraças quebradas, além de um vazamento causado por uma rachadura de um vaso sanitário, que provocou um alagamento em três pavimentos.
A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça informou que o consórcio Porto Novo já se prontificou a cobrir os prejuízos.
Duas tubulações da Cedae na região também se romperam após a implosão. A empresa informou, no entanto, que o fornecimento de água nesta área já foi restabelecido na manhã de hoje.
O primeiro trecho da Perimetral demolido ontem, com 1.050 metros, levou cinco segundos para ir ao chão.
Com 29 vãos e 232 vigas, esta parte do viaduto representa 5.000 toneladas de entulho. De acordo com a Cdurp (Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto), da prefeitura, foi utilizada uma carga de 1,2 tonelada de explosivos.
Mais de 2.500 pneus, recheados com areia, serviram de amortecedor às estruturas de concreto. A operação envolveu cerca de 500 profissionais.
A iniciativa foi a primeira no Brasil a repetir experiência internacional de demolição de viadutos a fim de recuperar áreas urbanas degradadas.
A Perimetral -que liga o Centro à Ponte Rio-Niterói e à avenida Brasil, principais acessos à cidade- será substituída por uma via expressa de pouco mais de 5 km. Combinada à Via Binário (aberta no último dia 2), a nova avenida deve aumentar a capacidade de tráfego em 27% a partir de 2016, segundo a prefeitura.
A implosão da Perimetral integra o Porto Maravilha, projeto de revitalização urbana e cultural da região portuária da cidade.Em 3 de novembro, a prefeitura começou a desmontar o elevado, retirando massas de asfalto e dois trechos de 40m. A implosão de mais uma faixa da Perimetral será executada até junho de 2014, de acordo com a previsão do governo municipal.
