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Improviso custa 30% da verba

Sem conseguir atrair médicos para trabalhar na cidade, a Secretaria de Saúde de Joaquim Távora, no Norte Pioneiro, vem gastando em média 30% do que investe no setor com o pagamento de especialistas levados à cidade e procedimentos realizados em outros municípios. E, para não deixar a população de quase 11 mil habitantes sem atendimento nos finais de semana, a secretaria tem pagado até R$ 2 mil por plantão de 24 horas no único hospital da cidade – mantido pela prefeitura.

Em 2010, a prefeitura desembolsou quase R$ 800 mil – de um total de R$ R$ 2,2 milhões – para pagar especialistas e procedimentos cirúrgicos de pequena e média complexidade em outras cidades, já que não consegue contratar mais profissionais além dos cinco que mantém. Em alguns casos, a saída é contratar médicos não concursados e fazer pagamentos como se fossem prestadores de serviços. Os valores dos salários variam de R$ 10 mil a R$ 15 mil.

A secretária Adalgisa Panichi revela que já foram organizados dois concursos públicos para contratar médicos sem exigir especialização. Mesmo assim, não apareceram candidatos para as vagas com salário de até R$ 6 mil por carga horária de 20 horas semanais. "Não adianta. Nem os salários os atraem. Ficamos reféns dos atendimentos de fora. Isso aumenta em muito os gastos, porque temos que garantir também o transporte dos pacientes", explica.

A prefeitura mantém um ônibus e vários veículos de passeio disponíveis todos os dias para levar e trazer pacientes, que vão para Santo Antônio da Platina, Ibaiti, Londrina, Curitiba e até São Paulo. Somente no ano passado foram feitos mais de 5 mil atendimentos fora do município.

Agendamentos

Os agendamentos para o atendimento com especialista são feitos no Posto de Saúde Central de Joaquim Távora. Só depois de passar pela primeira consulta recebe o encaminhamento. Em tratamento com um ginecologista de Jacarezinho, a passadeira Rosilei Siqueira de Camargo, 41 anos, tem de passar pelo posto para marcar consulta toda vez que precisa do especialista. "A cidade é pequena e, infelizmente, a gente que não tem muita opção precisa ir onde o profissional está", desabafa.

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