O nível de inadimplência em moradias da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) em janeiro atingiu a taxa mais alta nos últimos três anos, 42,4%. A taxa representa R$ 27,6 milhões em prestações atrasadas, com juros, que deixaram de entrar no caixa da companhia. Em janeiro de 2013 e 2014, as taxas chegaram a 41,1% e 38,1%, respectivamente.
De um total de 12.204 contratos cobráveis (que não estão sob júdice), somente 7.032 estão sendo honrados em dia. Há ainda 6.982 contratos que estão sendo discutidos na Justiça, onde famílias conseguiram as moradias. Além disso, há 3 mil ações de reintegração de posse ingressadas pela Cohab na Justiça contra devedores antigos.
Assim como a Caixa Econômica Federal, a Cohab também pode reaver o imóvel, já que ela faz o empréstimo de financiamento para os moradores.
Em razão das dificuldades em receber as prestações, a Cohab iniciou uma campanha para refinanciar as dívidas e possibilitar aos moradores nova alternativa de quitação dos débitos. Segundo o diretor financeiro da Compa-nhia, Antonio Martins Neto, a campanha, que tem tempo indeterminado, pretende, além de ajudar as famílias, conseguir mais recursos para providenciar novos condomínios.
Hoje há 15 mil famílias em áreas irregulares e de risco em Curitiba, que precisam de moradias legais. “Tem inadimplência de 30, 60 e 90 dias”, conta. Segundo ele, depois dos 90 dias, as equipes de cobrança começam a alertar o cidadão com cartas.
A partir de agora, no entanto, a campanha pretende providenciar trabalho de conscientização em associação de moradores em todas regiões com “moradias Cohab”.
“Vamos fazer um novo pacto com as famílias”, explica. Além disso, a Companhia quer saber os motivos da inadimplência. Ainda não há informações se é desemprego, má fé ou outros problemas sociais.
A Moradias Ferrovila Minas Gerais, na Vila Guaíra, vai ser a primeira a receber uma equipe da Cohab neste mês de março. Lá, a taxa de inadimplência chega a 43%, mas há outras regiões com índices mais altos, como o Moradias Corbélia, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), que tem mais de 50%. Há 300 unidades na região e 178 não pagam em dia as prestações.
Reclamação
Uma das lideranças locais do Moradias Corbélia, Chirley Alves Garcia, 49 anos, disse que os moradores não têm conseguido pagar porque os boletos de cobrança não chegam nos endereços. “Há muita burocracia e muita gente não tem conseguido pagar porque o boleto não chega. Então, tem que ir na regional para tirar um boleto e pagar”, disse.
Segundo a Cohab, os boletos são enviados. Apesar disso, Martins Neto informou que a Cohab tem estudado a possibilidade de melhorar a comunicação com os moradores. Pequenos informes sobre datas de vencimento poderão ser enviadas por mensagens de celular em breve. Para refinanciar a dívida, basta ir a uma agência da Cohab em qualquer Rua da Cidadania em Curitiba.
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