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Um incêndio atingiu uma favela próxima à avenida Presidente Altino, na região do Jaguaré, zona oeste de São Paulo, na noite de domingo (23). Não houve feridos - uma criança de oito anos teve leve intoxicação por inalação de fumaça.

Ao menos 17 equipes dos bombeiros trabalharam no combate ao fogo que começou por volta das 23h e foi controlado pouco mais de uma hora depois. A criança intoxicada por inalação de fumaça recebeu os primeiros socorros no local e foi levada pelos bombeiros ao pronto-socorro Bandeirante.

Segundo Clovis Pontual, coordenador operacional da Defesa Civil Municipal, o fogo destruiu uma área de aproximadamente 800 m2 onde havia barracos de madeira, próxima a uma torre de energia elétrica. Ao menos 19 famílias que tiveram os barracos atingidos pelo fogo foram cadastradas em um posto de atendimento montado em um bar da favela.

Todos os moradores cadastrados optaram por passar a noite na casa de amigos e parentes, segundo a Defesa Civil. Na manhã desta segunda-feira, assistentes sociais retornam ao local para entregar cestas básicas, colchões, cobertores e kits de higiene. "Se tiver mais moradores afetados pelo incêndio vamos cadastrar e entregar os kits", disse Pontual.

A auxiliar de limpeza Ana Paula de Moraes, 31, que mora há seis anos em um barraco de dois andares com o marido e três filhos, estava dormindo quando começou o incêndio.

"Acordei com gritos de vizinhos e pedi para o meu filho olhar pela janela o que estava acontecendo. O fogo tinha atingido até a torre de energia elétrica que fica ao lado da minha casa, vi faíscas", disse.Ana Paula teve tempo apenas de pegar algumas roupas e documentos e deixar o barraco correndo. "Saí descalça e me deram este chinelo", afirmou apontando para o pé.

A auxiliar de limpeza disse que este é o terceiro incêndio que enfrenta na favela, mas o primeiro que destruiu totalmente seu barraco. "A prefeitura dá cesta básica e acabou, depois é cada um por si", reclama.A selecionadora de reciclagem, Juliana Franciele de Souza Lima, 23, disse que estava dormindo acordou com vizinhos gritando: "fogo, fogo".

Juliana teve tempo apenas pegar alguns documentos e deixar o barraco correndo levando os três filhos de sete, cinco e um ano. "Vou passar a noite na casa de uma tia, não consegui retirar nada de casa", disse.

As causas do incêndio serão investigadas. O caso será registrado no 91º Distrito Policial (Ceagesp).

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