Um incêndio que só foi controlado ontem por volta do meio-dia destruiu uma galeria de lojas em Ciudad del Este, no Paraguai. O fogo, que começou por volta das 7 horas (horário de Brasília, 6 horas no país vizinho), se espalhou rapidamente pelos quatro andares do prédio localizado no centro da cidade. Mais de 200 bombeiros foram mobilizados para combater as chamas. O atendimento à emergência, que parou o comércio de importados durante quase toda a manhã, contou com o auxílio de voluntários da Itaipu Binacional e do Corpo de Bombeiros de Foz do Iguaçu. Ninguém ficou ferido.
Segundo testemunhas, as chamas teriam se alastrado a partir do depósito das lojas, no quarto andar. A grande quantidade de mercadorias brinquedos, eletroeletrônicos e equipamentos de informática , plástico e papel facilitaram que o fogo se alastrasse rapidamente. A fumaça densa atrapalhou o trabalho dos bombeiros, que precisaram do auxílio de uma plataforma móvel para chegar até o foco do incêndio. Quatro deles foram internados com intoxicação por fumaça. Homens da Policia Nacional montaram um cordão de isolamento em torno do prédio para evitar saques às lojas.
Perigo
Construída ainda na década de 1980, no auge do ciclo de compras no Paraguai, a galeria Esperanza soma várias notificações da prefeitura e do Corpo de Bombeiros. Sem saídas de emergência e dutos de fumaça para evitar danos maiores em caso de incêndio, ventilação inadequada e fios de energia expostos, o prédio não oferece segurança. Enrica Nuñes, funcionária de uma das lojas, disse que ainda na segunda-feira um curto-circuito deixou parte do segundo andar sem energia elétrica por quase toda a manhã. Os administradores do prédio teriam sido avisados, mas nenhuma providência teria sido tomada. O prédio ainda corre o risco de desabar.
Como explica o secretário de Obras de Ciudad del Este, Pedro Duarte, vários outros prédios comerciais na mesma região necessitam urgentemente se enquadrar em requisitos mínimos de segurança e podem a qualquer momento ser interditados. "Aqueles edifícios foram erguidos irregularmente em uma área pública próxima da Ponte da Amizade. Hoje essa região faz parte de um plano de revitalização do microcentro que deve ser concluído em no máximo dois anos. Antes disso, muitos comerciantes precisarão ser desalojados. Por isso, ainda encontramos muita resistência", comentou.
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