Rio de Janeiro As operações do aeroporto Santos Dumont, no Rio, foram interrompidas ontem durante toda a tarde e parte da noite por causa de um incêndio que atingiu a futura praça de alimentação do terminal novo. Os vôos programados para o terminal foram desviados para o Aeroporto Internacional Tom Jobim. De acordo com a assessoria de imprensa da Infraero, a fumaça preta que se espalhou pelo terminal impossibilitou a presença de passageiros no local.
O incêndio ocorreu por volta das 15h nas instalações da praça de alimentação, que ficam no terceiro andar do terminal. Como ainda está em obras, a área ainda é restrita ao acesso do público. O fogo foi controlado por volta das 15h20.
No Tom Jobim, o acúmulo de movimento causado pelo incêndio no Santos Dumont e pela tragédia em Congonhas provocou filas e atrasos. A situação começou a voltar ao normal às 22h30. Nesse horário não havia mais filas nos saguões de embarque e desembarque e o número de vôos atrasados ou cancelados era considerado normal pela Infraero.
Mais cedo, a Infraero havia registrado 36 atrasos. Destes, 11 eram de chegada e 25 de saída. A empresa disse, ainda, que cinco vôos foram cancelados.
Segundo o último balanço divulgado pela Infraero, dos 127 vôos programados entre 0h e 18h de ontem, 21 tiveram atrasos de mais de uma hora, e 16 foram cancelados.
Duas filas foram formadas nos check-ins de embarque doméstico, uma de passageiros que sairiam do Santos Dumont e outra para os passageiros do Tom Jobim.
No portão de embarque internacional o grande fluxo de passageiros foi considerado normal pela Infraero nesta época do ano. Dos 36 vôos atrasados no Tom Jobim, apenas cinco internacionais estavam fora do horário.
Apesar do grande número de passageiros, não houve registro de tumultos.
Nos balcões das companhias aéreas, as pessoas esperaram até uma hora para tentar remarcar os seus vôos. A paulista Fernanda Hubaica levou mais de cinco horas para embarcar para São Paulo.
"Eu deveria ter embarcado às 16h no Santos Dumont. Fiquei uma hora dentro do avião e depois disseram para a gente descer. Nos transferiram para cá e até agora eu não consegui uma resposta ou informação", disse.