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SEGURANÇA

Incêndios mudam rotina de motoristas de ônibus

Ônibus foi incendiado na noite de domingo em Londrina, no Jardim Bandeirantes | Roberto Custódio/Jornal de Londrina
Ônibus foi incendiado na noite de domingo em Londrina, no Jardim Bandeirantes (Foto: Roberto Custódio/Jornal de Londrina)

Os moradores da Rua Serra de Santana, no Jardim Bandeirantes, amanheceram assustados depois de mais um episódio de ônibus incendiado em Londrina. A recorrente ação dos bandidos – esse foi o terceiro caso em uma semana – aumentou o medo dos usuários e motoristas do transporte público. Para a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), os atos ainda são classificados como vandalismo.

"Estávamos tranquilos vendo televisão em casa. O sinal da tevê a cabo falhou [por conta das chamas que atingiram a fiação] e saímos lá fora para ver o que era. O que vimos foi um choque: o ônibus pegando fogo, bombeiros, um monte gente na rua e cachorros latindo sem parar", disse Angélica Passos, que mora com o marido e a filha a cerca de 50 metros do local do incêndio.

Segundo o Corpo de Bom­­beiros, o coletivo da linha 308 passava pela Rua Serra de Santana, por volta das 22 horas, quando foi parado por assaltantes. A Polícia Militar (PM) confirmou que os bandidos levaram dinheiro dos passageiros e do caixa do ônibus antes de atearem fogo. O combustível também teria sido jogado contra as pessoas, que correram assustadas.

Na área de permanência dos motoristas do transporte coletivo no Terminal Central, o clima de preocupação é grande. O motorista Dilson Almeida levou o filho ao trabalho justo no dia seguinte ao incêndio. "A gente tenta preservar a família disso, não levar preocupação para eles, mas fica difícil", disse.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Trans­porte Coletivo em Lon­drina (Sinttrol), João Batista da Silva, reconheceu que os motoristas estão expostos ao perigo, mas disse que não vê saída para diminuir o risco. "O ideal seria cada carro sair com uma escolta, mas a gente sabe que a Polícia Militar não tem estrutura para isso", afirmou. O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Londrina (Metrolon) afirmou, por meio de nota, que medidas de segurança que "não podem ser reveladas para não prejudicar o cumprimento, já foram tomadas em conjunto com os órgãos de segurança competentes".

Em entrevista coletiva, ontem, o secretário de Segurança Pública, Cid Vasques, voltou a afirmar que o Estado qualifica os ataques a ônibus como atos isolados. Para ele, os atentados não seriam atividade do crime organizado. "O que estamos percebendo são ações isoladas, sem vinculação específica", disse.

Mesmo considerando a maioria dos atos como vandalismo, Vasques ressaltou que o Estado está em alerta a qualquer movimentação anormal dentro das unidades prisionais.

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