Cerca de 0,8% dos pacientes com transtornos mentais no Brasil estão infectados pelo vírus HIV. O número, divulgado nesta terça-feira (11) pelo ministério da Saúde, faz parte da pesquisa Prevenção e Atenção s DST/Aids no Brasil: Análises, Desafios e Perspectivas.

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Apesar da taxa ser bem maior que a média de infecção na população adulta em geral, que é de 0,61%, a coordenadora do programa de DST/Aids do Ministério, Mariângela Simão, diz que o número está dentro de uma margem de confiança nacional que vai de 0,41% a 0,82%.

Segundo ela, os pacientes com transtornos mentais merecem um olhar especial porque têm características diferentes da população em geral, mas não devem ser tratados como inconscientes porque têm total percepção dos riscos e da necessidade de auto-prevenção.

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É semelhante percepção das pessoas com mais de 50 anos de idade grupo no qual nós observamos este ano um aumento no número de casos [de aids] que têm vida sexual ativa e que também necessitam de um olhar especial, compara Mariângela.

Não se pode dizer que as pessoas com transtornos mentais estão mais vulneráveis ao vírus HIV ou têm uma prevalência de Aids maior que a população em geral, não, completa.

Entre as estratégias indicadas no estudo para minimizar o problema está o aumento da distribuição de preservativos para os Centros de Atenção Psico-Social (Caps). Das unidades de atendimento de saúde mental pesquisadas, apenas 26,9% ofereciam programas de educação sexual e 30% distribuíam camisinhas. Outra estratégia apontada é a criação de programas para aumentar e facilitar o acesso desse grupo aos testes de Aids.

A pesquisa também apresenta números com relação a outras doenças Segundo o levantamento a sífilis atingia 1,12% dos pacientes pesquisados. Cerca de 2,6% das pessoas estavam infectadas com hepatite C e 14,70% tinham o vírus da hepatite B, mas apenas 1 64% apresentavam a infecção pela doença.

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