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Fenômeno natural

Incidência de raios aumenta em Curitiba e no Litoral do Paraná

Além das já tradicionais chuvas de verão de janeiro, os últimos dias têm concentrado alto índice de raios em Curitiba e no litoral do estado. A sensação de que está trovejando muito é confirmada pelos números do Instituto Tecnológico do Paraná, o Simepar. De acordo com levantamento do órgão, nas duas primeiras semanas do ano, o número de raios em Curitiba em 2014 foi nove vezes maior do que no mesmo período do ano passado. No litoral, a incidência de raios nos municípios foi cinco vezes maior nos últimos quinze dias, na mesma base de comparação.

Embora altas temperaturas e umidade contribuam para a formação de nuvens de tempestade (local em que ocorrem os raios), a intensa atividade elétrica não tem um motivo específico. "De uma forma global, estamos num período estável com relação ao clima. Não há sistemas como o El Niño ou La Niña em operação, que possam explicar essa incidência maior de raios. Mas as tempestades estão muito mais ativas nessa época, com relação ao ano passado", explica Marcos Jusevicius, meteorologista do Simepar.

Janeiro e fevereiro são os meses que, historicamente, há maior incidência de raios na região.

Prevenção

Já que os raios não param de cair e podem cair duas vezes no mesmo lugar, o jeito é intensificar a proteção. De acordo com o meteorologista, quando escutar um trovão, não é preciso esperar ver o raio para se proteger. Busque uma área protegida, que deve ser um local que fique isolado, como uma casa de alvenaria ou um carro com as janelas fechadas. A barraca de praia ou carros que não tenham capota de metal continuam sendo lugares perigosos.

Jusevicius explica que um princípio bastante difundido em outros países, mas ignorado no Brasil é o padrão 30/30 (trinta por trinta). "Se você está em um local desprotegido, como campo ou praia, e escuta o trovão, tem de sair dali imediatamente e abandonar a área. Depois de estar seguro, a regra é esperar um período de pelo menos 30 minutos antes de sair do local protegido", diz.

De acordo com ele, muitos relatos de acidentes com raios no Brasil mostram que, aqui, minimizam-se os riscos das descargas elétricas. "Muita gente sai de casa para 'ver' a tempestade. Mas o certo é fazer o máximo para não ficar desprotegido", comenta.

Fatalidade

Na última segunda-feira, uma mulher de 36 anos morreu depois de ser atingida por um raio na praia de Enseada, no Guarujá, litoral de São Paulo. A mulher estaria tentando chamar o filho e um sobrinho, que estavam no mar, mas recebeu a descarga elétrica ainda na areia molhada e não resistiu. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) indica que o causa da morte dela foi parada cardíaca.

Interatividade

Alta incidência de chuvas fortes e raios afetou o abastecimento de energia em sua casa ou local de trabalho? Deixe seu comentário abaixo.

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