Brasília A CPI dos Sanguessugas, criada para investigar fraudes na compra de ambulâncias com recursos de emendas de parlamentares ao Orçamento Geral da União, deverá começar a funcionar na semana que vem.
O prazo final para os partidos indicarem os integrantes da nova comissão de inquérito terminou na noite de ontem. Mas, até o fechamento desta edição, as lideranças do PDT e do PC do B ainda não haviam indicado seus representantes do Senado e o PMDB, PFL, PP, PL e PC do B não haviam indicado seus deputados para atuarem na CPI.
De acordo com o regimento do Congresso, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pode fazer a indicação dos nomes hoje, por conta própria.
Um acordo firmado entre oposição e base aliada estabeleceu que a CPI terá duração de apenas 30 dias, prorrogáveis pelo mesmo período.
A presidência da CPI dos Sanguessugas deverá ficar com um deputado petista. Um dos cotados é o deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ). O relator da nova comissão de inquérito será escolhido no maior partido do Senado.
O bloco PSDB/PFL conta com 32 senadores. Sozinho, o PMDB é o maior partido com 21 senadores. O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio Neto (AM), quer ceder a vaga para o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ).
O PFL da Câmara reivindica, no entanto, o cargo para o líder da minoria, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA).
Se a relatoria ficar com o PMDB, o escolhido será um dos quatro senadores indicados para a CPI: Amir Lando (RO), Gilvan Borges (AP), Valdir Raupp (RO) e Wellington Salgado (MG).
A nova comissão terá 34 parlamentares - 17 senadores e 17 deputados.
No início de maio, a Polícia Federal deflagrou a Operação Sanguessuga que envolve parlamentares no esquema de venda de ambulâncias superfaturadas. Os ex-deputados Ronivon Santiago (PP-AC) e Carlos Rodrigues (PL-RJ) chegaram a ser presos. Mais de 80 pessoas são suspeitas de envolvimento com o esquema e devem ser investigadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Entre elas aparece o nome do ex-deputado federal paranaense Joaquim dos Santos Filho (PFL).
O ex-parlamentar nega qualquer envolvimento com o esquema e diz estar pronto para dar as explicações necessárias à Justiça. "Acontece que eu nem fui notificado ainda. Já nomeei um advogado para acompanhar o caso. Se preciso ele irá até Brasília."
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