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Mais 1.035 advogados estão aptos a exercer a profissão no Paraná desde ontem. O número se refere à divulgação do resultado do exame da seção paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR), órgão que representa a categoria no país. Os aprovados são 26,98% dos 3.835 candidatos à prova, cuja aprovação é obrigatória para o exercício da advocacia.

Apesar de os aprovados ainda serem minoria, o exame apresentou evolução em relação à prova anterior. As aprovações praticamente quadruplicaram – no primeiro exame desse ano, em março, apenas 270 candidatos foram aprovados. Vale ressaltar que o conteúdo das provas anteriores foi mantido.

Das cinco cidades paranaenses onde ocorre o exame, Cascavel foi a que mais evoluiu. Os 120 aprovados (18,20% do total de 659 inscritos na cidade) representam quase dez vezes mais do que os 11 aprovados no exame de março.

Segundo o presidente da OAB-PR, Manoel Antônio de Oliveira Franco, uma série de fatores colaboraram para o avanço do quadro em todo o estado, o qual, na visão do diretor, ainda não está satisfatório. "Em algumas faculdades, o ensino ainda não é o ideal", aponta. A estimativa da OAB-PR é de que existam no Paraná 85 cursos de Direito, os quais disponibilizam 11 mil vagas todos os anos.

Entre os fatores que colaboraram, Oliveira Franco cita a exigência dos estudantes pelo ensino de qualidade. "Os alunos estão cobrando das faculdades melhores professores e infra-estrutura", argumenta.

Porém, além da exigência com os próprios cursos, o aluno também está cobrando mais de si mesmo, na opinião do presidente da OAB-PR. O motivo, aponta, está nas informações a respeito do exame, hoje mais acessíveis. "Antigamente havia alunos que nem sabiam que para exercer a advocacia é necessário passar no exame."

Cursihos

Oliveira Franco descarta que o aumento do número de aprovados seja em decorrência da proliferação dos cursinhos preparatórios para o exame. Para ele, os aprovados no Exame da Ordem são os formados que se dedicaram ao longo dos cinco anos do curso de Direito. "É uma barbaridade haver cursinhos para a OAB. Quem não aprende em cinco anos não vai aprender em 30, 60 dias", considera.

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