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Alexandre Padilha: número de internações caiu em 2011 | Elza Fiuza/Agência Brasil
Alexandre Padilha: número de internações caiu em 2011| Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil

O porcentual de homens adultos diagnosticados com diabete cresceu 18% nos últimos anos no país, indo de 4,4% em 2006 para 5,2% em 2011. É o que indicam os dados do Vigitel 2011, inquérito telefônico anual que inves­tiga hábitos de vida e fatores de risco entre maiores de 18 anos, apresentados ontem. Apesar do crescimento registrado entre os homens, os números apresentados pela população feminina ainda são maiores: 6% dizem ter a disfunção.

A tendência de alta no público masculino se explica, segundo o Ministério da Saúde, pelo crescimento dos diagnósticos e dos fatores de risco da doença, como a obesidade e o envelhecimento da população. Enquanto a curva é de crescimento para os homens, ela é de estabilidade para mulheres e para a população em geral, diz Deborah Malta, coordenadora de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis do ministério.

Segundo a pasta, mesmo com a queda registrada entre 2010 e 2011 – de 6,3% para 5,6% na população geral –, o esperado é que o patamar de diabete continue subindo.

O aumento vai ocorrer nos próximos anos no mundo todo, afirma o professor de endocrinologia da Universidade de Campinas (Unicamp) Marcos Tambascia. "A estimativa da OMS [Organização Mundial da Saúde] é um aumento de 40% nos próximos 15 anos." No entanto, o crescimento que se verifica no mundo é tanto entre homens como entre mulheres, explica ele.

Apesar de fazer ressalvas à metodologia do Vigitel, em que as entrevistas são feitas por telefone, Tambascia afirma ser plausível a explicação do ministério para o crescimento verificado entre homens. Segundo a pasta, os homens estariam, nos últimos anos, mais presentes nos consultórios médicos.

O Vigitel ainda informa a maior presença da diabete entre os mais velhos (21,6% dos adultos com 65 ou mais disseram ter o diagnóstico) e os menos escolarizados.

Internações

O custo das internações pela doença na rede pública chegou a R$ 87,9 milhões. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, já é possível notar a redução no número de internações em 2011, em relação ao ano anterior: de 148,4 mil para 145,8 mil, segundo dado preliminar.

Deborah diz que é preciso avaliar os dados dos próximos anos para verificar se a tendência se mantém. "Precisamos de mais tempo para avaliar, mas, ao mesmo tempo em que houve aumento do diagnóstico de homens, houve recuo nas internações. A gente esperaria até um aumento."

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