• Carregando...
 | AFP PHOTO RICHARD BOUHET
| Foto: AFP PHOTO RICHARD BOUHET

As costas da África Ocidental, do Oriente Médio, da América Central e do sul da Ásia são as mais danificadas do planeta enquanto as do norte da Europa e as pequenas ilhas do Pacífico são as mais saudáveis, segundo um novo estudo que coloca o Brasil acima da média mundial de saúde dos oceanos.

O primeiro Índice de Saúde dos Oceanos, divulgado nesta quarta-feira (15), qualifica as regiões marítimas do mundo com base em variáveis que medem a exploração pesqueira e turística, a biodiversidade e o valor paisagístico, com uma pontuação de um a 100, de pior para melhor.

A média global se situou em 60 pontos, segundo anunciaram hoje a Washington Conservation Internacional e a National Geographic, as duas principais organizações por trás do relatório.

"Os oceanos do mundo estão melhor do que poderíamos imaginar", afirmou Ben Halpern, cientista chefe do índice, em entrevista coletiva por telefone.

Embora haja "preocupação" os cientistas também têm bastante "esperança" no futuro, acrescentou.

No fim da lista aparece Serra Leoa, com uma qualificação de 36 pontos, enquanto a melhor foi a de Jarvis, uma pequena ilha desabitada no meio do Pacífico, que obteve 86.

Brasil

O Brasil, apesar de ter umas da melhores qualificações da América Latina, quase não foi aprovado no índice. Com 62 pontos, ficou apenas dois degraus acima da média mundial.

Apesar de ter ganhado nota 0 no indicador que mede o impacto do setor turístico, o país foi bem avaliado em biodiversidade, defesa da pesca artesanal e manutenção de ecossistemas para a absorção do CO2.

Já os Estados Unidos obtiveram um índice de 63 pontos, com baixas notas em impacto do turismo e gestão pesqueira de suas águas.

Na Europa, a Alemanha conseguiu uma boa nota (73), apesar de estar densamente povoada, enquanto a Espanha ficou abaixo da média (58), especialmente pelo impacto do desenvolvimento humano em seu litoral.

Steve Katona, diretor-gerente do Índice de Saúde dos Oceanos, indicou que querem trabalhar com as autoridades para utilizar estes dados como uma ferramenta que ajude a criar políticas mais eficientes.

Katona lembrou que Brasil e China já estão tomando a iniciativa para utilizar o índice, que pretende ser anual, e avaliar a situação de suas costas.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]