Empresa toca as obras da usina de Belo Monte| Foto: Paulo Santos/Reuters

Três dos funcionários da empresa Norte Energia, responsável pela construção da usina de Belo Monte, e um piloto de embarcação de uma empresa prestadora de serviço foram retidas dentro de uma aldeia indígena na Região de Curuaia, próximo ao Rio Curuá, no Pará. Em nota, a empresa informou que comunicou o fato à Fundação Nacional do Índio (Funai) e à Polícia Federal.

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Segundo a empresa, dois fiscais de obra, um agente de segurança do trabalho e um barqueiro foram impedidos deixar a aldeia na quinta-feira passada (10). Eles foram até o local “monitorar ações do Projeto Básico Ambiental - Componente Indígena (PBA-CI) da Usina Hidrelétrica Belo Monte”.

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A aldeia Curuatxé possui cerca de 50 habitantes e fica a mais de 400 km das obras da usina, no Rio Curuá. A empresa diz na nota que “aguarda providências para a rápida liberação dos funcionários e prestadores de serviços sequestrados”.

Para obter a licença ambiental, a Norte Energia foi obrigada a implantar um conjunto de melhorias nas áreas indígenas que seriam afetadas pela construção da hidrelétrica. Entre melhorias nas cidades e nas áreas indígenas, os gastos estimados seriam de R$ 4 bilhões.

Mas o programa indígena sofreu muitas críticas por pagar mesada aos chefes indígenas, causando desagregação nas aldeias. Chamado de Plano Emergencial, ele vigorou até 2012, e algumas aldeias chegaram a receber R$ 30 mil mensais em produtos, entre eles picapes, televisões entre outros.