Cerca de 50 índios invadiram a sede da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Curitiba, por volta das 11 horas da manhã desta terça-feira (12). Outra manifestação ocorreu nos quilômetros 450 e 461 da BR-373, próximo ao município de Chopinzinho, entre Guarapuava e Pato Branco, no Sudoeste do Paraná. Nestes locais, os índios da Aldeia Mangueirinha ocuparam a pista da rodovia por mais de cinco horas, entre as 14h e as 19h. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, um congestionamento de três quilômetros foi formado.
Os índios protestam contra o decreto assinado no final de dezembro pelo presidenteLuiz Inácio Lula da Silva, prevendo a reestruturação da Funai. A principal reclamação é que, com o decreto, alguns postos indígenas, como o de Curitiba, seriam fechados. De acordo com o cacique Carlos Ubiratan, da tribo urbana de Kakané Porã, o fechamento do posto de Curitiba faria com que as 35 famílias que vivem na cidade fossem obrigadas a se deslocar para Santa Catarina quando precisassem de apoio da Funai.
A vice-presidente da Ong Aldeia Brasil, Sandra Terena, informou que cerca de 20 mil índios vivem só no Paraná. No estado, existem postos da Funai em Guarapuava, Londrina e Paranaguá, além de Curitiba. Ela destacou que os postos da Funai em outros estados também pode ser fechados em breve.
As manifestações locais fazem parte de um protesto nacional que está ocorrendo em Brasília. Lideranças indígenas do Paraná estão na capital federal onde 500 índios fecharam, nesta terça-feira, a sede da Funai.
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