Atualizado em 18/10/2006, às 16h32Os índios da tribo dos caiangangues, que invadiram o prédio sede da hidrelétrica da Copel em Tamarana, na região de Londrina no Norte do Paraná decidiram não impedir a entrada e saída de funcionários da empresa. A tribo reivindica o pagamento de uma indenização por parte da Copel pelos prejuízos ambientais causados no local, já que a hidrelétrica fica dentro da Reserva Apucaraninha.
Nesta terça houve uma reunião entre representantes da Copel, dos índios e do Ministério Público para tentar um acordo, mas sem entendimento. Um novo encontro foi agendado para a próxima terça-feira (24) para buscar uma solução para o impasse. Outros membros da tribo chegaram nesta terça ao acampamento montado na sede da Copel para pressionar a empresa.
Segundo a assessoria de imprensa da empresa, os índios se reuniram ainda na noite de terça e decidiram não restringir o acesso dos funcionários. Como o funcionamento da hidrelétrica é diuturno, a troca de escalas de trabalho entre os funcionários da Copel é constante e os índios garantiram que não haverá impedimento. Mesmo assim, eles continuam acampados na entrada da hidrelétrica até o próximo encontro.
Antes da reunião marcada para a próxima terça, a diretoria da Copel fará uma reunião interna para analisar um parecer enviado pelo Ministério Público Federal (MPF) de Brasília, que apresenta dados sobre o impacto ambiental no local. Após algumas divergências entre as informações apresentadas pela Copel e pelo Ministério Público de Londrina, o MPF pediu a ambos os resultados para depois emitir um parecer oficial.
De acordo com a assessoria da Copel, na segunda-feira (23) a diretoria vai decidir qual postura tomará na reunião do dia seguinte. A usina foi construída em 1949, antes mesmo da Copel ser criada em 1954.
Confira como está o acampamento dos índios na reportagem do ParanáTV
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