Foz do Iguaçu Quase quatro meses depois de terem sido retirados do Parque Nacional do Iguaçu pela Polícia Federal (PF), os índios avá-guarani da reserva de Santa Rosa do Ocoí, município de São Miguel do Iguaçu, estão se mobilizando para ocupar outra propriedade na região. Eles pretendem montar 15 barracas no Corredor da Biodiversidade, área de mata nativa situada entre os municípios de São Miguel do Iguaçu e Santa Terezinha de Itaipu, para reivindicar das autoridades uma aldeia maior.
O movimento de ocupação está sendo conduzido por 60 índios. Desde novembro do ano passado, assim que foram retirados do Parque Nacional do Iguaçu, eles estão acampados em uma área cedida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) a 50 metros do Corredor da Biodiversidade.
Líder do movimento, o vice-cacique Lino César Pereira, 27 anos, diz que o processo de aquisição da nova área para a tribo está demorado. Os indígenas alegam que a reserva do Ocoí tornou-se insuficiente para acomodar as 134 famílias da tribo. Eles chegaram à área de 231 hectares em 1982, mas com o tempo o número de famílias acabou aumentando.
Segundo Pereira, as barracas ainda não foram montadas devido à ameaça de chuva na região. Ontem, enquanto os índios se mobilizavam, o cacique Simão Vilialba se reuniu com dirigentes da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Guarapuava. O chefe do Posto Indígena da Funai em São Miguel do Iguaçu, Imélio Fantin, diz que a aquisição da nova área para os índios já está sendo providenciada. O órgão aguarda uma avaliação de preço de terras na região de Matelândia, solicitadas ao Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra).
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