Índios terenas estão reunidos, na tarde desta quinta-feira, no Ministério da Justiça, com os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Luís Inácio Adams (Advocacia-Geral da União). A audiência ocorre em auditório e é fechada à imprensa. Na pauta, a desocupação da Fazenda Buriti, no Mato Grosso do Sul, onde o índio Oziel Gabriel, de 35 anos, foi morto na semana passada.

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Conforme informou nesta quinta-feira o jornal O Estado de S.Paulo, um grupo de 30 índios terenas deixou nesta quinta a região de Sidrolândia em um ônibus, rumo a Brasília. "Queremos uma solução", disse Elisur Gabriel, de 43 anos, um dos irmãos de Oziel.

Elisur considerou "preocupante" o governo mudar o processo de demarcação de terras, ouvindo não apenas a Fundação Nacional do Índio, mas outros órgãos, como o Ministério do Desenvolvimento Agrário e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. "O governo deveria ouvir principalmente as lideranças indígenas" afirmou.

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Para o secretário nacional de articulação social, Paulo Maldos, é importante "chegar a um ponto em que esse acirramento pare, para preservar a vida de todos". Na avaliação do secretário, uma possível saída para o fim do conflito é a indenização para os produtores.

"Pelo que me informaram, cerca de 90% dos casos (no MS) seriam solucionados se houvesse um mecanismo de compensação àqueles títulos de boa fé outorgados pelo Estado. Se é esse o caminho, tem que ser esse o caminho. A gente apela ao Conselho Nacional de Justiça, que tem bastante acúmulo nessa questão, que nos ajude a formular uma proposta de compensação financeira aos títulos de boa fé. Se esse caminho pacifica 90% dos casos, tem que ser adotado", defendeu Maldos.