O brasileiro Rodrigo Muxfeldt Gularte foi executado na tarde de terça-feira (28) pelo horário de Brasília, madrugada de quarta na Indonésia. Além dele, outros sete condenados por crimes relacionados ao tráfico de drogas presos no país foram fuzilados. Gularte é o segundo cidadão brasileiro a ser executado no país neste ano. Também foi fuzilado Marco Archer, 53 anos, em janeiro, condenado igualmente por tráfico de drogas.
Dos nove que seriam mortos na terça-feira, apenas a filipina Mary Jane Fiesta Veloso foi poupada depois que uma suposta traficante se entregou à polícia das Filipinas e disse que havia recrutado a condenada para transportar a droga.
A prisão de segurança máxima da ilha, situada ao largo da costa de Java, teve reforço na proteção. Mais cedo, conselheiros religiosos, médicos e o pelotão de fuzilamento foram alertados para iniciar os preparativos finais para a execução, e uma dúzia de ambulâncias, algumas carregando caixões cobertos de cetim branco, chegaram ao local. Conselheiro espiritual de Rodrigo Gularte, o pastor Romu Carolus foi ao presídio para tentar confortar o brasileiro.
Os nove condenados se encontraram com suas famílias horas antes do fuzilamento. Pela manhã, a prima de Rodrigo Gularte Angelita Muxfeldt disse à TV Globo que ele não sabia que poderia ser executado a qualquer momento. “Ele está calmo. Está bem tranquilo”, disse ela ao Bom Dia Brasil.
O paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte foi preso em 2004 com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe. Ele estava com outros dois brasileiros que foram liberados depois que Gularte assumiu sozinho a responsabilidade pela droga. No ano seguinte, Gularte teve a sentença convertida em pena de morte pela Corte Distrital de Tangerang.
Natural de Foz do Iguaçu, Gularte passou a maior parte da vida com a mãe, Clarisse Muxfeldt Gularte, em Curitiba. Antes da prisão, o surfista morou por cinco ano em Florianópolis, onde vive Jimmy Haniel Pereira Gularte, seu filho de 21 anos, autista, com quem teve pouco contato.
No ano passado, parentes de Gularte contrataram uma equipe médica para avaliar o seu estado mental. Os médicos atestaram que ele sofria de esquizofrenia. O diagnóstico estava sendo usado para tentar evitar sua execução e transferi-lo para uma clínica, mas o pedido não foi atendido pelo governo indonésio.
Ainda na terça-feira (28), a presidente Dilma Rousseff disse, em nota, que o fuzilamento de Gularte configura um "fato grave" nas relações com o país asiático e “fortalece a disposição brasileira de levar adiante, nos organismos internacionais de direitos humanos, os esforços pela abolição da pena capital.”
Segundo o texto, a presidente Dilma Rousseff havia reiterado o pedido de perdão ao brasileiro. O governo prestou a "devida assistência consular" e "acompanhou sistematicamente sua situação jurídica, na busca de alternativas legais à pena de morte", diz o texto.
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