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Algas pintam de verde o Reservatório de Foz do Areia e fazem com que pesca seja proibida

O Instituto Ambiental do Paraná (IAP)proibiu,nesta terça-feira (13), a pesca em toda a extensão do reservatório de Foz do Areia, que abrange a área de cinco municípios no sul do estado. Uma grande quantidade de algas tóxicas, que podem causar doenças, causou a interdição.

Graças ao forte calor e à falta de chuva, as algas se reproduziram rápido. Funcionários da usina alertaram com faixas sobre o perigo de contaminação. Policiais da Força Verde vão fiscalizar a área, que possui 163 quilômetros de extensão.

Valter Graffeig , de Curitiba, não esperava terminar o passeio pelo local tão cedo. "Nós não sabíamos. Viemos ontem à tarde e vimos isso aqui [as algas] e desconfiamos de alguma coisa", disse o pescador à reportagem da RPC-TV.

Foz do Areia é a primeira das usinas hidroelétricas instaladas ao longo do Rio Iguaçu. Toda a poluição que é jogada no rio desde a nascente, na região de Curitiba até Bituruna, no sul do Paraná, se acumula no reservatório da usina. Prato cheio para as algas, que além de luz do sol e oxigênio, gostam do fósforo, nutriente encontrado em abundância no esgoto sem tratamento.

Este é o terceiro ano consecutivo que o lago da Usina de Foz do Areia é interditado. Nas férias, centenas de pessoas visitavam o local em busca de diversão, mas como o problema das algas não foi solucionado, o movimento de turistas diminui a cada temporada. Prejuízo para os donos de pousadas na região, que têm prejuízos com a diminuição do número de pessoas na represa.

Outros locais

Outros dois pontos do Paraná apresentam reservatórios com infestação de algas, conforme informações do IAP. Um deles é parte do Lago de Itaipu, na Prainha de Entre-Rios do Oeste, no oeste do estado. O outro local é o Reservatório do Iraí, na região metropolitana de Curitiba.

No caso do Iraí, não há problemas com o abastecimento de água de Curitiba e região. "A Sanepar monitora a área quinzenalmente e não tivemos nenhum problema de toxicidade", afirmou a bióloga do IAP Ana Carolina Wosiack.

A bióloga explicou que as algas são passíveis de aparecer em qualquer reservatório e surgem em condições de calor e ausência de vento, mas que a reprodução delas é acelerada pela degradação ambiental. "Em alguns casos, quando chove, elas somem completamente em dois ou três dias", completou.

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