O influenciador digital Cauê Moura disse, em um vídeo em seu canal, que a “esquerda paz e amor” acabou. Entre outras frases de efeito, afirmou ainda que se fosse o “grande ditador, ia falar ‘o primeiro navio está indo embora, você quer ser exilado ou quer trampar (trabalhar)?'”. No mesmo vídeo, outro youtuber, LØAD, afirmou que “a gente vai colocar consciência de classe na cabeça de vocês na paulada”. As manifestações aconteceram no dia 27 de fevereiro e fazem referências ao deputado federal Kim Kataguiri (União-SP).
>> Faça parte do canal de Vida e Cidadania no Telegram
Kataguiri protocolou um pedido de análise da fala do youtuber ao ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, e também à coordenadora de um grupo de trabalho, formado com personalidades de esquerda, para combater "extremismo e discurso de ódio", a ex-deputada Manuela d'Ávila (PCdoB-RS).
A briga entre Cauê e Kataguiri começou antes, em outro vídeo, quando o influenciador disse que queria ver o parlamentar “quebrando pedra no gulag”. Gulags eram campos de concentração com trabalhos forçados para presos políticos na época em que Josef Stalin era ditador da União Soviética.
Em outro vídeo, o youtuber fala do ódio contra as ideias de Kataguiri e diz que pessoas que as defendem deveriam ser “exiladas” ou usadas como “mão de obra”. “Eu não estou falando de violência literal contra Kim Kataguiri. Eu não odeio você, eu só odeio tudo o que você representa, tudo o que você propaga, tudo o que você defende. Todas as suas ideias são cancerígenas e eu não retiro uma palavra do que eu disse. Eu não vou atrás de te colocar no gulag. No mundo ideal, você estaria fazendo um trabalhinho. Porque não é só exilar, a gente precisa de mão de obra”.
“A gente vai precisar de pessoas como você. Não estou falando de torturar Kim Kataguiri e outros liberais safados. Estou falando que o Brasil vai precisar de mão de obra para tirar as pessoas da rua, mão de obra para reforma agrária”, afirmou.
“Se eu fosse o grande ditador, eu ia falar ‘o primeiro navio está indo embora, você quer ser exilado ou quer trampar (trabalhar)?’ (…) Não é vocês que são contra o mimimi? Quero ver quebrando a pedra no gulag”, complementou. Moura disse ainda que o parlamentar poderia permanecer tranquilo, pois isso iria acontecer nas próximas gerações. “Talvez seu filho vai quebrar a pedra no gulag. Fica tranquilo que não estou falando sério, só odeio tudo que você faz”, ironizou o youtuber.
Em seu pedido de avaliação ao grupo de combate ao discurso de ódio do Ministério dos Direitos Humanos, Kataguiri citou a Constituição. “No material, o referido youtuber afirma que eu devo ser preso por conta das minhas posições políticas e submetido a trabalho forçado, o que viola o art. 5º, III e IV da Constituição Federal, além do Pacto de San José da Costa Rica. Afirma também que irá incutir as suas ideias na minha cabeça, 'nem que seja na porrada', em clara alusão a violência política”, destacou no ofício.
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, até o momento, não confirmou se irá analisar o discurso do influenciador digital.
Médicos afirmam que Lula não terá sequelas após mais uma emergência de saúde em seu 3º mandato
Mudanças feitas no Senado elevam “maior imposto do mundo” para 28,1%
Projeto que eleva conta de luz em 7,5% avança no Senado e vai para o plenário
Congresso dobra aposta contra o STF e reserva R$ 60 bi para emendas em 2025
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora